Indústrias do agro brasileiro prometem mais empregos e doações por todo o País

Indústrias do agro brasileiro prometem mais empregos e doações por todo o País

Iniciativas se espalham de norte a sul para não comprometer ainda mais a economia do País

As gigantes da agroindústria como a JBS, a BRF e a Marfrig estão numa grande força tarefa econômica. Em plena crise provocada pelo novo coronavírus, as empresas, além de manter o ritmo de produção, querem empregar mais e doar o que puderem. A iniciativa é uma boa contribuição para não deixar ainda mais abalada a economia do País.

“Estamos vivendo uma situação sem precedentes e de alto impacto para todos nós”, diz Lorival Luz, CEO da BRF. “Este é o momento de todas as empresas praticarem a solidariedade.”

O cenário é bem desafiador. Se por um lado, o Banco Central do Brasil prevê uma queda da economia brasileira de 1,96%, por outro, pelos cálculos do Banco Mundial, o tombo deve ser ainda maior alcançando 5%. Se este último cenário se confirmar, a queda será a mais drástica vivida pelo Brasil em 120 anos. Por isso, qualquer iniciativa que nade contra a maré da baixa econômica precisa ser aplaudida de pé. O agro está fazendo a sua parte, conheça algumas dessas ações.

JBS

Depois da Petrobrás, a maior empresa do Brasil é a JBS. Por isso, a responsabilidade é proporcional ao seu tamanho. Dona de uma receita líquida de R$ 204,5 bilhões, a maior já registrada na história da companhia, a empresa emprega globalmente cerca de 240 mil pessoas (120 mil só no Brasil) e recentemente abriu um processo de contratação de mais 3 mil pessoas em todo o País. As novas vagas serão destinadas a postos de trabalho diretos e indiretos. No Brasil, a JBS opera mais de 130 unidades de processamento de alimentos em cerca de 100 municípios brasileiros.

A companhia integra o grupo de empresas brasileiras que aderiram ao manifesto 👉 #nãodemita. A iniciativa visa a manutenção de postos de trabalho por, pelo menos, dois meses (entre este mês de abril e maio). O movimento é seguido por outras empresas e instituições de vários setores como o varejo, o bancário e o de construção. Do setor agro, participam como idealizadores desse movimento além da JBS, a BRF, a Camil, a Cosan, a J.Macêdo e a Suzano.

BRF

Outra grande companhia de alimentos do mundo, a BRF, comprometeu-se em manter todos os postos de trabalho e, neste momento, está contratando mais de 2 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceirizados, para manter a produção e o abastecimento, além de substituir temporariamente os funcionários considerados do grupo de risco que foram orientados a permanecer em casa. A empresa produz cerca de 4,5 milhões de toneladas de alimentos, a partir de 35 fábricas, 40 centros de distribuição e 1 centro de inovação. Atualmente a empresa emprega um pouco mais de 88 mil funcionários diretos.

A BRF anunciou a doação de R$ 50 milhões em alimentos, insumos médicos e apoio a fundos de pesquisa e desenvolvimento social, para contribuir no combate dos efeitos da Covid-19. A ação alcançará hospitais, Santas Casas, organizações de assistência social e profissionais de saúde nos Estados e municípios em que a empresa possui operação.

No Brasil, a iniciativa contempla, em um primeiro momento, cerca de 60 hospitais em 50 cidades de 9 estados. Somente nas instituições hospitalares, incluindo hospitais de “campanha”, as doações deverão favorecer mais de 15 mil pessoas/dia, por meio de cerca de 2,5 milhões de refeições pelos próximos três meses.

Marfrig

A Marfrig Global Foods anunciou a produção de 10 toneladas mensais de álcool gel em sua unidade de Promissão, no interior de São Paulo, Brasil. O produto, que é fundamental para a higienização e na prevenção da Covid-19, será distribuído às unidades instaladas no país, aos colaboradores e a hospitais e instituições assistenciais localizadas nas comunidades onde a companhia opera.

A empresa também anunciou a doação de R$ 7,5 milhões para o governo federal para a compra de 100 mil testes rápidos para diagnosticar o novo coronavírus. A empresa é uma das líderes na produção de carne bovina do mundo, com 21 unidades de abate, 12 de processamento e dez centros de distribuição e escritórios comerciais localizados na América do Sul, Europa e Ásia. É uma das líderes mundiais na produção de hambúrgueres, com capacidade de processamento de 232 mil toneladas por ano.

O agro está fazendo a sua parte! O AgroSaber continua atualizando seus leitores sobre os impactos do novo coronavírus no agro brasileiro. E aí gostou da matéria? Você pode: curtir, comentar e compartilhar (os links de suas redes sociais estão logo aí abaixo)