Por que o Brasil planta tanto milho?

Por que o Brasil planta tanto milho?

O cereal ganhou notoriedade nos campos brasileiros e alimenta você, frangos, suínos e bovinos nos quatro cantos do mundo. Conheça um pouco sobre o universo desse alimento

O bom e velho milho está na pipoca, na pamonha, no curau, na canjica, no bolo, no cereal matinal, em farofas e farinhas, em óleos, no cuscuz, na cerveja, nos salgadinhos industrializados, e é servido, aos montes, assado ou cozido, com manteiga e sal, na rua (ufa!). Mas o cereal é muito mais que isso, sua versatilidade extrapola a indústria de alimentos.

Virou uma importante moeda de troca para a economia brasileira. É também o item essencial para a engorda de animais como frango, suínos e bovinos. É por isso que o Brasil produz tanto esse grão. O AgroSaber te convida para conhecer um pouco mais sobre outras facetas desse importante alimento. E saiba, de antemão: para cada fome, há uma variedade do específica de milho. Confira.

História

O cultivo do grão tem origem no México há 7.300 anos, segundo estudos da pesquisadora americana Mary Poll, da Universidade do Estado da Flórida. Os primeiros registros do cultivo do milho foram encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do México. O grão foi base da alimentação das civilizações Olmecas, Maias, Astecas e Incas. Seu nome, de origem indígena caribenha, significa “sustento da vida”.

E não é por menos isso. O alimento é uma fonte rica de carboidratos e com as vitaminas A, B1, B5, ferro, potássio, fósforo, cálcio, magnésio e celulose, além de ácidos graxos essenciais. É por causa de grande presença da B1 que o alimento é caracterizado com uma boa fonte de energia. Essa vitamina acelera o metabolismo, ao quebrar mais gorduras no organismo e gerar mais energia.

Evolução do milho

A espiga que você se depara nos supermercados, nem lembra o que foi o milho nos primórdios de seu cultivo. Na época dos Astecas e Maias, por exemplo, a espiga era bem menor e com menos grãos. Com o avanço da seleção feita pelo homem, a planta se tornou maior e mais produtiva, e com variantes para a produção de milho para a pipoca e canjica.

Aliás, sabia que o milho que você come não é o mesmo milho que é maciçamente no País? As variedades do milho verde foram melhoradas, a partir de cruzamentos entre outras variedades desta planta. Isso tornou esse tipo mais doce e mais nutritivo – o mesmo que vai nas latinhas do alimento em conserva.

O tradicional do Brasil

O produzido em larga escala, ganhou variedades geneticamente modificadas, atende a indústrias de alimentos e de ração animal e se tornou um dos principais produtos agrícolas exportados. A produção na safra 2018/2019 foi de 100 milhões de toneladas, 41,3% dos grãos e fibras colhidos no País. As exportações foram de 43,3 milhões de toneladas, 88,5% a mais que em 2018. Um pouco mais da metade disso foi para o Japão, Irã, Vietnã, Coreia do Sul e Egito, que converte isso em ração animal. O valor total das vendas do milho brasileiro foi de US$ 7,3 bilhões. Avante o agro brasileiro.