As agências reguladoras têm cumprido seu papel, afirma toxicologista sobre os agrotóxicos

As agências reguladoras têm cumprido seu papel, afirma toxicologista sobre os agrotóxicos

Palestrante do Fórum Internacional Inovação para Sustentabilidade na Agricultura, a professora doutora em Toxicologia da Universidade de São Paulo (USP), Elizabeth Nascimento alertou que o Brasil peca ao comunicar os riscos em torno do uso de defensivos agrícolas.

“As legislações dão os limites máximos para cada produto, e os laboratórios têm sistemas de avaliação que permitem verificar os resíduos. O nosso alimento é comercializado internacionalmente, e ele precisa estar dentro destes parâmetros”, explicou.

Segundo ela, “os dados mostram que as agências reguladoras têm cumprido seu papel, e que as avaliações de risco têm sido feitas adequadamente”.

Perigo

Elizabeth explicou que o “perigo está relacionado à toxicidade, que é a propriedade inerente da substância em causar efeito nocivo; diferentemente do risco, que é a probabilidade de a substância produzir danos [à saúde humana] sob determinadas condições”.

“A segurança, por sua vez, é a probabilidade de a substância não produzir o dano sob determinadas condições”, salientou a professora dizendo que “não há risco zero”.

Projeto de Lei 6299/02

Criado em 2002, o projeto de Lei 6299 moderniza as normas da lei 7802/89, relativas especialmente ao registro de pesticidas.

A proposta do projeto, já aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, é mais moderno, pois traz o ambiente regulatório para uma posição mais atualizada quando comparado aos países que possuem a agricultura como atividade essencial, sem perder o rigor científico e mantendo os níveis elevados de segurança para a saúde humana e meio ambiente.

Ela também considera a análise do risco, relativa à saúde humana e ao meio ambiente, na aplicação dos produtos no campo.

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