Boas práticas agronômicas

Boas práticas agronômicas

A adoção de boas práticas agronômicas é essencial para que o produtor obtenha o máximo rendimento em sua lavoura de uma maneira sustentável. Elas são um conjunto de técnicas de manejo que ajudam o agricultor a ter mais eficiência e a fazer o uso sustentável da biotecnologia no campo.

A aplicação das boas práticas em conjunto com a adoção de sementes resistentes a insetos (Bt) contribui para a redução de perdas em culturas de soja, milho e algodão transgênicos. Isso aumenta a produtividade e qualidade do produto final.

O que são culturas Bt?

Essa tecnologia é uma opção para que produtores de soja, milho e algodão controlem as pragas na lavoura. A utilização dessa técnica exige um manejo específico para continuar efetiva ao longo do tempo.

Para sua preservação, assim como para qualquer outra estratégia de controle de pragas, é fundamental a implementação de um programa de Manejo de Resistência de Insetos (MRI) adequado, que deve incluir a adoção das boas práticas agronômicas em Culturas Bt.

Controle de plantas daninhas

O controle de plantas daninhas está entre as boas práticas agronômicas, pois algumas plantas podem hospedar insetos-praga, permitindo que uma grande quantidade sobreviva e ataque a plantação.

As plantas daninhas também são consideradas hospedeiras de lagartas em estágios em que é mais difícil controlá-las com a tecnologia Bt.

Práticas que ajudam no controle

Importante começar a cultura no limpo, fazendo um controle efetivo antecipadamente no pré-plantio.

  1. Se necessário, utilizar um pré-emergente em áreas que apresentem maior quantidade de plantas daninhas;
  2. Não deixar áreas em pousio (descanso): utilizar as práticas integradas de manejo durante todo o ano;
  3. Utilizar a dose correta de aplicação de produtos no momento recomendado;
  4. Usar o manejo pós-colheita, associando herbicidas com diferentes mecanismos de ação;
  5. Monitorar sempre os resultados da sua lavoura conforme a estratégia de manejo escolhida. Isso evita trabalho dobrado na próxima safra;
  6. Evitar a disseminação de sementes pelos implementos agrícolas.

Monitoramento de pragas

A prática do monitoramento indica a situação das pragas, avalia os danos e prejuízos e ajuda a definir quando o defensivo agrícola deve ser aplicado. O monitoramento faz parte do Manejo Integrado de Pragas (MIP), que aliado com a área de refúgio constitui a base para a sustentabilidade da tecnologia Bt.

O monitoramento de pragas é uma técnica essencial para preservar a eficácia do refúgio e auxiliar na tomada de decisão. Por sua vez deve ser feito, pelo menos, uma vez por semana para garantir a produtividade da plantação.

Por que devo adotar as boas práticas?

Quando o agricultor planta sementes Bt, ele elimina os insetos sensíveis à proteína Bt. Porém, se o produtor continuar a usar esse método de controle de pragas sem parar por safras contínuas, vai selecionar os insetos resistentes.

Se o produtor utilizar em mais de uma safra o mesmo método, a cada safra uma parte maior de insetos resistirá. Após algumas safras, a tecnologia não será mais eficaz e o agricultor poderá perder a lavoura por conta do ataque de insetos.

Dessa maneira, a eficiência das sementes Bt pode ser comprometida caso o produtor lance mão, safra após safra, do mesmo método de controle. Por isso é fundamental que os produtores agrícolas sigam corretamente as recomendações das boas práticas agronômicas.

O Brasil tornou-se o segundo maior produtor de transgênicos do mundo porque o produtor viu que a tecnologia Bt funciona.

Quais os benefícios das boas práticas agronômicas?

  • Sustentabilidade da tecnologia Bt;
  • Maior eficiência no campo;
  • Maior qualidade no produto final;
  • Facilidade no manejo;
  • Menor tempo gasto em operações;
  • Redução de perdas na lavoura;
  • Otimização do uso de defensivos agrícolas.

Uso de herbicidas seletivos

Manejar plantas daninhas é administrar um problema: além da grande eficiência reprodutiva, as plantas daninhas exploram recursos, competindo por água, luz, nutrientes e espaço.

Liberam substâncias alelopáticas, hospedando pragas e doenças, contaminando o produto final e ainda dificultando as operações na cultura principal, como pulverizações e colheita.

Cada planta daninha, aliada a fatores climáticos favoráveis, pode provocar perdas na produtividade. Em termos médios, 30% a 40% de redução da produção agrícola mundial são atribuídos à interferência das plantas daninhas. Por isso é importante o manejo adequado da produção.

Assim, o manejo de plantas daninhas em uma propriedade deve ser levado em consideração em longo prazo, por meio de um sistema integrado de controle de produção que envolva métodos culturais, físicos, mecânicos, químicos, etc.

É necessário alterar constantemente as práticas normalmente utilizadas para o controle, evitando ou retardando o aparecimento de resistências. Destaca-se, dessa forma:

  • Evitar deixar áreas em pousio (descanso ou repouso proporcionado às terras cultiváveis) 70% a 80% das plantas daninhas que infestam a próxima cultura de verão são produzidas nesse período;
  • Implantar culturas de inverno que permitam utilizar herbicidas com diferentes modos de ação (seletivos);
  • Implantar culturas de cobertura para plantio direto – solo com boa cobertura vegetal não deixa espaço para as plantas daninhas;

Caso a área fique em pousio, realizar manejo de pós-colheita, evitando deixar que as plantas daninhas dominem a área e produzam sementes. Procure rotacionar culturas e herbicidas, principalmente em áreas onde há risco ou já tenha estabelecido algum biótipo resistente;

Para culturas tolerantes ao glifosato:

  • Realizar corretamente a dessecação pré-plantio e plantar no limpo;
  • Utilizar sempre a dose recomendada no rótulo do herbicida, seguindo as recomendações de bula e as boas práticas agrícolas;
  • Monitoramento após aplicação dos herbicidas: monitorar manchas de plantas daninhas com padrão diferente com problemas de aplicação;
  • Eliminar focos iniciais de resistência – para evitar a produção de sementes;
  • Prevenção da disseminação de sementes por meio do uso de equipamentos limpos e sementes certificadas, entre outros;

Sabendo da ocorrência de plantas resistentes em uma lavoura, realizar limpeza dos maquinários após o trabalho de campo. Para auxiliar neste processo, o produtor rural pode contar com Podium EW, um herbicida seletivo pós-emergente indicado para o controle de gramíneas anuais, como capim carrapicho, capim colchão, capim marmelada, capim pé-de-galinha, capim amargoso, capim braquiária e até milho voluntário.

Lembrando que o milho voluntário (ou tiguera) que persiste no campo acaba competindo com a cultura sucessora por água, luz e nutrientes. E este problema ocorre, principalmente, pela dificuldade de eliminar plantas com glifosato.

Ou seja, os grãos de milho modificado que sobraram da colheita germinam e se comportam como uma planta daninha para a cultura da soja, por exemplo. E se essas duas culturas tiverem o gene RR, o manejo torna-se mais caro e complicado.

Assim, como Podium EW é absorvido rapidamente pelas folhas e transloca-se para os pontos de crescimento, é possível paralisar o crescimento de plantas daninhas logo após a aplicação (de 1 a 2 dias).

Para saber mais:

Agro Bayer: Boas práticas no uso de herbicidas seletivos
Agricultura.Gov: Boas práticas agrícolas
Portal Sygenta: Boas práticas são essenciais no controle de daninhas
Grupo Cultiva: Boas práticas agrícolas auxiliam no controle de plantas daninhas
Sindiveg: O que você precisa saber sobre defensivos agrícolas