Biológicos e genéricos lideram a lista de novos defensivos agrícolas aprovados

Biológicos e genéricos lideram a lista de novos defensivos agrícolas aprovados

Entre os lançamentos, um produto é a vespa Telenomus Podisi que combate o percevejo da soja, e outro é um defensivo feito à base de óleo de casca de laranja

Calma gente. Não é preciso se preocupar com o anúncio de 57 agrotóxicos aprovados no País. Grande parte desses produtos são, na maioria, genéricos e biológicos. As tecnologias só vêm para contribuir no avanço da agricultura, reduzindo o custo de produção nas fazendas e, consequentemente, o preço dos alimentos nas gôndolas dos supermercados.

Entre os produtos está a vespa Telenomus podisi que poderá ser usado na agricultura brasileira para combater o percevejo marrom, uma importante praga da cultura de soja. Outro novo defensivo aprovado é um produto de baixa toxicidade formulado à base de óleo de casca de laranja, que poderá ser usado para combater o pulgão em pequenas culturas como alface, agrião, brócolis, couve, couve-flor, espinafre, repolho e rúcula.

Ao todo foram 12 produtos biológicos que podem ser utilizados tanto na agricultura convencional e como na orgânica. O anúncio desses lançamentos foi feito na segunda-feira (25), através do ato nº 82, do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária. O documento aponta quais são e para que se destinam os 57 produtos aprovados.

Genéricos

Pela legislação brasileira, quando é expirado o período de patente, outras empresas podem registrar produtos à base de uma substância que antes tinha o seu fornecimento monopolizado. Os produtos equivalentes são similares a produtos de referência que foram registrados no passado, de uso seguro e comprovado não apenas pelos estudos apresentados aos órgãos envolvidos, como pela comprovação empírica de anos de utilização.

Os genéricos constituem importante política para a quebra dos monopólios e oligopólios no mercado de determinados ingredientes ativos. Uma dinâmica que beneficia a livre concorrência e a competitividade da agricultura nacional.

Registros

Nos últimos anos, diversas medidas desburocratizantes foram adotadas para que a fila de registros de defensivos ande mais rápido no Brasil. O objetivo é aprovar novas moléculas, menos tóxicas e mais ambientalmente corretas, e assim substituir os produtos antigos, além da liberação de produtos genéricos.

Tanto no Ministério da Agricultura, como no Ibama, e na Anvisa, os setores responsáveis pela análise de registros de defensivos foram reorganizados e tiveram servidores realocados, o que ocasionou um aumento de produtividade e o registro de produtos menos tóxicos.