De cada dez peixes cultivados no Brasil, cerca de 6 são tilápias. Saiba por que essa espécie egípcia caiu no gosto do brasileiro

A piscicultura nativa do Brasil é bem diversificada. Há opção para tudo quanto é tipo e gosto. Entre os peixes tupiniquins, os de maior preferência estão o tambaqui, a carpa e o panga. Mas nenhum deles consegue ofuscar a presença da egípcia tilápia. Pelos dados mais recentes, de 2018, da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), de cada 10 peixes, cerca de seis são tilápias.

O peixe originário do rio Nilo, no Egito, chegou ao Brasil na década de 1970. De lá para cá, só vem conquistando o paladar do brasileiro. Isso porque a tilápia tem uma carne livre de espinhos e leva muito menos tempo para o abate.

O ciclo dela pode variar de sete a oito meses. Sem espinhos e com um período mais curto de criação, a produção só tinha de cair no gosto do brasileiro. Tem consumidores que até preferem o sashimi ou sushi de tilápia, por ser um peixe bem fresco.

Estatísticas dos peixes

No ano passado, foram 722,6 mil toneladas de peixes cultivados no Brasil, 4,5% a mais que em 2017. Estes são os dados mais recentes da Peixe BR. Foram 400,3 mil toneladas de tilápias, que representa 55,4% do total. Os peixes nativos somaram 287,9 mil toneladas e 34,4 toneladas de demais espécies.

O Brasil manteve 4ª posição mundial no cultivo de tilápia, atrás da China que produziu 1,86 milhão de toneladas do peixe; seguido por Indonésia, com 1,25 milhão de toneladas; e o próprio Egito, com 860 mil toneladas. O Brasil se manteve à frente de Filipinas e Tailândia, que também têm expressiva participação no cenário global.