A crescente onda de alimentos fitness podem explicar a guinada dessa produção do agro brasileiro.

A batata-doce pode ter a casca branca ou roxa. Pode apresentar ainda uma polpa branca, amarelada ou até rosada. Mas essas características são de longe o que chama a atenção dos consumidores para ela. O que leva mesmo uma crescente multidão atrás desse alimento é o fato de a batata-doce ser uma das opções mais fitness na dieta de atletas.

Essa forte demanda surtiu um efeito brutal no campo. Segundo os dados mais recentes do IBGE, de 2009 a 2018, a área de cultivo saltou 25,4%, chegando a 53 mil hectares. A produção teve um salto ainda maior nesse período: 55,2%. Isso significa que a produção saiu de 477,5 mil toneladas para 741,2 mil toneladas.

Mas foi a receita ao produtor rural que mais cresceu nesse período de 2009 a 2018. A alta foi de 191,9% (2,92 vezes), chegando em 2018, a R$ 789,7 milhões. Essa foi a segunda lavoura com maior salto de rendimentos no campo. Nesse mesmo período, as únicas lavouras do agro brasileiro que mais saltaram de valor foi o algodão – 6,7 vezes – e o amendoim – 2,3 vezes.

Ingrediente fitness

Esse impulso à produção tem a ver com o consumo fitness da batata-doce. Ela é um alimento energético e que contém, em média, 85% de carboidratos, segundo a Embrapa Hortaliças, com sede em Brasília (DF). Comparada com outros vegetais como a batata, o inhame e a mandioca, a batata-doce possui maior teor de carboidratos, lipídios, cálcio e fibras que a batata, mais carboidratos e lipídios que o Inhame e mais proteína que a mandioca.

Além disso a batata-doce é rica em vitaminas A, B e C e potássio. O tubérculo se tornou item principal na dieta dos praticantes de atividades físicas porque auxilia no combate ao colesterol e no controle do estresse; auxilia no ganho de massa muscular; ajuda a emagrecer; fornece energia durante todo o treino; e ajuda a controlar o açúcar no sangue. E aí, qual sua receita favorita de batata-doce?