Algodão brasileiro e a façanha de aumentar a produção em menor área plantada

Os produtores brasileiros conseguiram uma grande façanha. Um salto de 11,6 vezes na produtividade de algodão, em 43 anos. Na safra de 1976/1977 foram colhidos apenas 143 quilos por hectare. O ciclo de 2019/2020 é previsto o produtor brasileiro colher 1,7 tonelada por hectare, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O mais impressionante dessa história foi a ‘evolução’ da área de cultivo no País. Há 43 anos ela era 2,4 vezes maior. No ciclo de 1976/1977, o plantio de algodão era em 4,1 milhões de hectares. Atualmente é prevista em 1,7 milhão de hectares. O que deve chegar a uma colheita de 2,8 milhões de toneladas de pluma de algodão.

Invista no algodão

A fibra natural que mais veste o brasileiro subverte a lógica de qualquer retorno de investimento. Quando o ‘certo’ era manter a alta frequência de depósitos – a área de plantio, nesse caso –, os produtores só vieram reduzindo isso. E hoje ganham como jamais ganhavam. O Valor Bruto da Produção (VBP) para este ano é estimado em R$ 41,4 bilhões, bem diferente dos R$ 6,5 bilhões de 1989. O cálculo é feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária de Abastecimento (Mapa).

Tecnologia

Mas não foi uma decisão do produtor reduzir sua área plantada. O inseto bicudo foi o que forçou essa redução. Essa praga inclusive mudou a geografia do cultivo no País. Nordeste reinava com 79,3% da área plantada no passado. Atualmente é o Centro-Oeste o território da pluma de algodão com 72,6% da área semeada em todo o País.

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) tem ajudado a reescrever a história do algodão brasileiro. Com apoio técnico e plantas mais produtivas e resistentes aos ataques de pragas e doenças. O plano é inclusive crescer a cada vez mais a área de cultivo no País. Isso já é evidente nas últimas quatro safras. O País saiu de 939,1 mil hectares para chegar a 1,7 milhão hectares. A meta para entidade é chegar em breve a 2 milhões de hectares nos próximos anos. E dá-lhe o algodão brasileiro!