Batalha espacial contra as pragas no agro já é realidade

Batalha espacial contra as pragas no agro já é realidade

Imagens de satélite, robôs e inteligência artificial estão à procura de qualquer infestação por praga ou doenças nas lavouras brasileiras. Saiba por que isso vai permitir cada vez mais o uso racional de pesticidas

O Sputnik 1 foi o primeiro satélite artificial da Terra. Foi lançado em 4 de outubro de 1957 pela União Soviética. De lá para cá, o espaço abriga cerca de 12 mil satélites artificiais. Grande parte deles já está recebendo lentes e sistemas de captação de imagens ultramodernos para detectar melhor as plantações ao redor do mundo.

Esses equipamentos se juntam às centenas de drones que estão ganhando espaço para vigiar e monitorar cada espaço de terra cultivado. O trabalho deles tem uma aplicação que já está revolucionando o campo: a previsão e combate a pragas e doenças, identificar deficiências nutricionais das plantas e até indicar as melhores áreas de cultivos e as que vão requerer melhor tratamento com fertilizantes, por exemplo.

Inovações como essas tornaram mais produtivas as plantações e podem representar uma economia no uso de insumos como pesticidas. O reflexo disso é de uma agricultura mais precisa e que resulta numa produção de alimentos mais barata.

Segundo dados gerados a partir Censo Agropecuário do IBGE, em 2006, a tecnologia foi a responsável por quase 70% do crescimento da produção de grãos. Enquanto que. em 1996, a tecnologia era a responsável por 50% do aumento da produção de grãos”, disse Fernando Mendes Lamas, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados (MS).

“Esses dados não deixam a menor dúvida sobre a importância da tecnologia no aumento da produção e isso se dá fundamentalmente através do aumento da produtividade.”

Muita matemática

Uma das empresas que usa maciçamente as imagens de satélite é a startup paulista Agronow, criada em outubro de 2015. A sacada dela foi ir desvendando a fórmula matemática certa que conseguia “ler” as imagens. A matemática e a tradução de imagens de satélite podem ajudar a prever como serão as safras de soja, milho ou algodão, ou até, por exemplo, prever se vai faltar pasto para o gado.

Empresas que cultivam florestas plantadas e produtoras de açúcar e etanol têm apostado alto no trabalho dos drones, para antecipar soluções para problemas que ainda não causaram prejuízos. Além da detecção de pragas e doenças, essas tecnologias de monitoramento podem resolver falhas de plantio.

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