Aumentam as regras de higiene em centrais de abastecimento do País

Aumentam as regras de higiene em centrais de abastecimento do País

Compromisso do agro brasileiro é não deixar faltar alimento nessa época de crise mundial de saúde pública

“Não haverá, em nenhuma hipótese, desabastecimento nas cidades”, afirmou em rede nacional Alceu Moreira, deputado federal e presidente da Frente da Parlamentar da Agricultura (FPA). Ele foi um dos entrevistados da BandNews, no início da noite de quinta-feira (18). “A nossa cadeia produtiva tem quantidade, qualidade e organização para garantir que não haverá desabastecimento no mercado”.

Moreira se refere ao trabalho das Centrais Estaduais de Abastecimento (Ceasas), importantes entrepostos de distribuição de alimentos do País. Nenhuma Ceasa irá paralisar suas operações. O único efeito durante essa crise causada pelo novo coronavírus é a diminuição de circulação de pessoas (visitantes e de funcionários) e o aumento redobrado com a higiene nos locais.

Centrais de abastecimento

As Ceasas foram montadas por todo o País a partir da década de 1960 como a forma mais adequada para fazer circular a produção de alimentos do campo às cidades. Hoje, existem 51 Ceasas sob o comando da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão subordinado ao Ministério da Agricultura, Pecuária de Abastecimento (Mapa).

Juntas, as unidades foram responsáveis por distribuir 16,8 milhões de toneladas de alimentos entre hortaliças, frutas, verduras, grãos, carnes e ovos no ano passado. E, segundo Moreira, esse volume não corre o risco diminuir por conta da atual pandemia: “Nós temos hoje uma estrutura de logística no Brasil com capacidade de fazer com que os alimentos cheguem à população.”







Alceu Moreira, deputado federal e presidente da Frente da Parlamentar da Agricultura (FPA)

Radar nas Ceasas

Os maiores entrepostos de alimentos são os dos municípios de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Contagem (MG), Juazeiro (BA) e Recife (PE). Eles responderam pela distribuição de 9,4 milhões de toneladas de alimentos, 56,2% do total vendido pelas Ceasas em todo o País em 2019.

O reforço para atravessar a pandemia do novo coronavírus no entreposto da capital paulista veio com a intensificação da limpeza e higienização de todo o ambiente; além da diminuição do movimento de pessoas. A adoção do trabalho remoto para os funcionários da administração e o cancelamento de visitas monitoradas, reuniões, treinamentos e eventos foram fundamentais nesse processo. A rotina continua normal aos trabalhadores da limpeza, portaria, fiscalização e segurança, considerados essenciais para a operação do entreposto. As medidas são semelhantes para as demais Ceasas.

Sintonia de discurso

O discurso de Alceu Moreira reiterava a própria fala da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Naquele mesma quarta-feira (18), ela homenageou o trabalho da Embrapa e todos os produtores rurais do País:

“Eles são os nossos heróis”, disse a ministra. “Neste momento eles estão lá, dando duro, produzindo, realizando a maior safra colhida nesse País, e batendo um recorde sobre o outro para alimentar a nossa população.”

Os posicionamentos de Alceu e Tereza vêm num momento crucial para a população brasileira, que passou a ter sua circulação limitada nas ruas, para frear o avanço do novo coronavírus. No entanto, a mensagem dos dois porta-vozes do agro é clara: não haverá falta de alimentos para a população. Uma mensagem de otimismo, num cenário de tanta preocupação e incertezas.

O AgroSaber continua no encalço dos impactos do novo coronavírus no agro brasileiro. E aí gostou da matéria? Você pode: curtir, comentar e compartilhar. (os links de suas redes sociais estão logo aí abaixo)