Maior produtora de ovos da América do Sul assegura fornecimento a todo o País
“Estamos tomando todas as medidas e precauções para poder continuar alimentando o Brasil”, afirma Leandro Pinto, presidente do Grupo Mantiqueira
O agro brasileiro não para mesmo com a pandemia do novo coronavírus, como o AgroSaber vem destacando em sua cobertura. O Grupo Mantiqueira, maior produtor de ovos da América do Sul, reitera esse posicionamento, mesmo com o aumento de custos à vista. Em entrevista exclusiva, o presidente da companhia, Leandro Pinto, garante que não vão faltar ovos na mesa do brasileiro.
“A nossa produção não baixa”, afirma Pinto. “Estamos tomando todas as medidas e precauções para poder continuar alimentando o Brasil.” No ano passado foram 2,5 bilhões de ovos produzidos. Esse total equivale a 5,1% e toda a produção nacional em 2019. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reúne cerca de 100 empresas dos setores de avicultura e suinocultura, o País produziu 49,0 bilhões de ovos no ano passado.
Com sede administrativa na cidade do Rio de Janeiro, o Grupo Mantiqueira conduz uma criação de 11,5 milhões de galinhas poedeiras nos municípios de Itanhandu (MG), Primavera do Leste (MT) e Paraíba do Sul (RJ).
Os heróis
A empresa montou um plano estratégico em seu quadro de funcionários para manter a produção. A empresa emprega diretamente cerca de 1,3 mil pessoas, desde as áreas de cuidado com as aves na granja, serviços de transporte e distribuição até seus canais de vendas nas redes varejistas. “São efetivamente os nossos heróis, pois estão se arriscando para poder de levar a comida para a mesa de todos os brasileiros.”
Para garantir a operação, a empresa adotou algumas medidas em seu quadro de funcionários. A prioridade de férias é para os trabalhadores com mais de 60 anos, mulheres gestantes e pessoas com histórico de algum tipo insuficiência respiratória ou com diabetes. “É importante proteger essas pessoas nesse momento”, diz Pinto.
Segurança mais rígida nas granjas
A empresa já seguia um protocolo rigoroso de biossegurança por conta da criação de aves, e, agora, passa a redobrar esse cuidado. Antes e depois de qualquer operação na granja, é obrigatória a limpeza das mãos dos funcionários com álcool em gel. A higienização do ambiente das granjas também é intensificada com o uso de produtos de ação antimicrobiana, matando bactérias e vírus.
“O risco de o homem passar a doença para as aves é zero”, afirma Pinto. “Estabelecemos todo esse plano porque a empresa já possui um compromisso com a biossegurança das aves. O esforço agora é redobrar os cuidados com as pessoas.”
Resiliência do agro
O esforço de empresários como o do presidente da Mantiqueira vem num esforço para manter a população brasileira devidamente abastecida mesmo em períodos difíceis e com aumento do custo de produção. A cadeia produtiva de aves, por exemplo, já sente o impacto do dólar alto, porque depende de importação de animais para a reprodução – as bisavós e avós.
No ano passado, o País investiu US$ 4,0 milhões para a compra de aves de genética. Esse valor representou 28,9% de toda a importação de animais vivos em 2019. “Com o dólar alto, o custo já começa a bater a nossa porta”, afirma Pinto. “No entanto estamos fazendo o possível para garantir que o ovo ainda seja a proteína mais rica, barata e saudável que há.”
Então saiba que, a cada prato de comida posto na mesa, teve por trás um esforço grandioso do produtor rural brasileiro, que merece o nosso agradecimento. O AgroSaber continuará atualizando seus leitores sobre os impactos do novo coronavírus no agro brasileiro. E aí gostou da matéria? Você pode: curtir, comentar e compartilhar. (os links de suas redes sociais estão logo aí abaixo)