Agro brasileiro pode sequestrar 163 milhões de toneladas de CO2 até final de 2020
Sequestro equivale a retirada do ar de 45 vezes a quantidade de gases de efeito estufa liberados em um ano pela frota de veículos na maior cidade do País
A agricultura brasileira é poderosa e altamente sustentável. O cultivo intercalado de plantações como soja, milho, algodão e florestas e a criação de animais numa mesma área é um modelo 100% brasileiro. É chamado de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Este sistema somado a outras tecnologias agrícolas tornou-se o grande motor de sequestro de gás carbônico no País.
Um grupo de cientistas brasileiros estima que até o final deste ano, todas essas tecnologias reunidas podem retirar do ar até 162,9 milhões de toneladas de CO2 equivalente. O CO2 equivalente é a medida internacional que reúne, na mesma base, as emissões de todos os gases de efeito estufa (GGEs). Os GGEs mais conhecidos são o dióxido de carbono (CO2) ou simplesmente gás carbônico, o monóxido de carbono (CO), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).
O total sequestrado equivale a cerca de 44,6 vezes o que é emitido por toda a frota de veículos em São Paulo (SP) em um ano. Diariamente, carros, ônibus e motos lançam no ar 10 mil de toneladas de CO2 equivalente. Só a frota de carros é responsável por uma média diária de 7.253 toneladas de CO2 equivalente. Os dados fazem são de uma pesquisa de 2017 do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Em um ano, a emissão de toda a frota pode chegar a 3,6 milhões toneladas de CO2.
Fonte de pesquisa
Os dados do potencial de sequestro da agricultura brasileira são de pesquisadores da Plataforma Agricultura de Baixo Carbono (ABC), instalada na Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP). Além do modelo ILPF, fazem parte desse sistema de sequestro de gases de efeito estufa os? sistemas de cultivo de alimentos e florestas, as boas práticas com o solo e fertilidade e o tratamento de dejetos de animais.
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