O que a laranja têm a ver com preservação ambiental no País?
Fazendas produtoras da fruta, além do limão e da tangerina, preservam 182 mil hectares de florestas e matas nativas, segundo estudo inédito
Um estudo inédito revelou a preservação ambiental de 182 mil hectares com florestas e matas nativas pela citricultura brasileira. A área exata é de 181.750 hectares. Cada hectare equivale a 1 campo de futebol padrão Fifa.
Considerando a área produtiva de laranja, limão (lima ácida) e tangerina de 459.058 hectares, a preservação é de 1 hectare de vegetação nativa a cada 2,5 hectares cultivados. Isso quer dizer que, na média, 28,4% das propriedades rurais são de áreas florestais.
O cálculo que resulta na área preservada utilizou informações do mapeamento completo do cinturão citrícola feito pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) em 2017 e dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) processados com metodologia desenvolvida pela Embrapa Territorial, de Campinas (SP).
Preservação maior
O cinturão citrícola brasileiro concentra-se nos Estados de São Paulo e em municípios das regiões do Triângulo Mineiro e do sudoeste de Minas Gerais. Segundo o IBGE, a produção paulista e mineira representam 84,1% da produção nacional de laranja. Nessas regiões o Código Florestal determina uma preservação ambiental máxima de 20% da área das propriedades rurais.
O estudo mostra que as fazendas de citros estão preservando ainda mais. Mais um grande ponto a favor do agro brasileiro.
Produção de citros
A produção de laranja detém 88,8% da área de cultivo; seguido por 8,5% de limas ácidas e limões e 2,7% de tangerinas. Segundo o Fundecitros, a safra do cinturão citrícola é de 287,76 milhões de caixas de 40,8 quilos de laranja (11,7 milhões de toneladas da fruta). Já o IBGE, mais otimista, estima 15,4 milhões de toneladas de laranjo. Em todo o País, neste ano, a colheita é estimada em 18,3 milhões de toneladas.
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