A prosperidade do agro cresce por onde a regularização fundiária passa
Produtor modelo em sustentabilidade no Amazonas é o exemplo de como pode ficar o campo após a aprovação da regularização fundiária
A fazenda Santa Rosa, no município de Iranduba, fica a 18 quilômetros de Manaus (AM) e é conduzida pelo produtor rural, Edney Ricardo. Lá são produzidos limões, laranjas, tangerinas, coco, mamão entre outras lavouras, mas também tem criação de peixes. Toda a produção tem destino certo: o abastecimento de mercados, supermercados e hotéis de Manaus. Tudo isso só foi possível com a regularização fundiária.
“Ele ocupa o local desde 1994”, disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em sua conta do Twitter. “Após a regularização, em 2001, Edney pôde ter acesso às políticas públicas e implementar melhorias para obter maior produtividade em sua terra. Atualmente, emprega 22 funcionários. A Fazenda é referência na região e alia produtividade à preservação”.
Em visita à região Amazônica, junto com uma comitiva do governo federal, organizada pelo vice-presidente Hamilton Mourão por meio do Conselho Nacional da Amazônia Legal, a ministra mostrou como a situação de um produtor que passa a ter sua titulação de terra definitiva muda para muito melhor.
“Tivemos a oportunidade de ver o que dá certo num assentamento. O que faz a regularização fundiária depois que ela acontece, enfim, o sucesso que é”, diz Tereza Cristina.
Modelo sustentável
Edney conduz uma propriedade considerada modelo no Estado por conciliar produção agrícola inovadora, sustentabilidade, turismo e educação ambiental, com a preservação de nascentes e de mata nativa que compõe 80% da propriedade, como manda o Código Florestal.
“Se as pessoas tiverem o documento da terra, como no meu caso, você vai ter a esperança de que aquela propriedade vai ficar para seus filhos de herança”, disse Edney. “Não é fácil ter propriedade e produzir no Amazonas. A gente precisa dessa ajuda do governo para poder não desmatar.”
Se aprovada a PL da regularização fundiária, fazendas como a de Edney serão o futuro de milhares de produtores e produtoras no País que estão à espera de sua titulação.
Projeto
O produtor faz parte do Projeto Integrado de Colonização (PIC) Bela Vista, coordenado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que abriga famílias assentadas em uma área de aproximadamente 785 mil hectares, ocupada desde 1971. Atualmente, dos 1.311 lotes georreferenciados, 446 já receberam o título definitivo, sendo 97% constituídos por pequenas propriedades (inferiores a 400 hectares).
“Queremos que as pessoas que estão aqui, não só nessa região Amazônica, mas no Brasil todo, quando receberem o seu título definitivo tenham a sua liberdade e possam crescer, produzir, trabalhar com dignidade, melhorar a vida dos seus filhos e da sua comunidade”, disse Tereza Cristina. Além da ministra e do vice-presidente, acompanham a visita à fazenda o presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, e o diretor de Desenvolvimento do Incra, Giuseppe Serra Seca.
E aí, gostou da matéria? O AgroSaber continua em sua missão de trazer boas informações aos seus leitores. Sinta-se livre para curtir, comentar e compartilhar (os links de suas redes sociais estão logo aí abaixo).