Estudantes paulistas criam irrigador inteligente
Experimento foi feito por alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Profª Ilza Nascimento Pintus, de São José dos Campos, no interior de São Paulo
Em busca de uma solução sustentável para combater o desperdício de água, economizar energia elétrica e facilitar o gerenciamento de plantações, cinco alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Profª Ilza Nascimento Pintus, de São José dos Campos, criaram um sistema inteligente de irrigação com sensor de umidade e controle via internet. O projeto conquistou a terceira edição do Hackaton Acadêmico do Centro Paula Souza (CPS), realizado no final do ano passado.
O CPS é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e está presente em 336 municípios, administrando 223 Escolas Técnicas (Etecs) e 73 Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais, com mais de 300 mil alunos em cursos técnicos de nível médio e superiores tecnológicos.
A proposta foi idealizada pelos estudantes Andressa Ginevro de Souza, Debora Taira Novaes, Guilherme Duarte Cenzi Dias, Heloisa Carvalho de Baptista e João Vitor Silva Correa Siqueira, dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio de Automação Industrial e Desenvolvimento de Sistemas. Os jovens receberam a mentoria do professor Cláudio José Silva Gomes.
O sistema funciona a partir de um sensor que envia informações sobre a umidade do solo a um circuito eletrônico alimentado por energia solar. A irrigação é feita automaticamente acionando uma bomba conectada a um reservatório de água de chuva. “O controle da quantidade de água necessária para os diferentes tipos de cultivo é feito por meio de um aplicativo em que o usuário cadastra informações básicas sobre o plantio e o terreno”, explica Heloisa.
Cultura de sustentabilidade
Batizado de Katara, o projeto teve como inspiração os objetivos sustentáveis estabelecidos pela Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), relacionados ao manejo e disponibilidade de água para todos, além da promoção da agricultura familiar. “Desenvolvemos o protótipo pensando em como aprimorar o sistema de irrigação da horta da escola, mas o intuito é chegar a um modelo que possa beneficiar comunidades e pequenos agricultores”, afirma a aluna.
De acordo com os cálculos dos estudantes, os gastos com o equipamento podem ser rapidamente recuperados com a economia nas contas de água e luz. “Em pouco mais de um ano será possível cobrir os custos do protótipo. Além de garantir o retorno do investimento, o produto representará uma alternativa mais limpa e inteligente para a preservação de recursos naturais”, diz.
O diretor da Etec de São José dos Campos, Gilson dos Anjos Ribeiro, comemora a iniciativa do grupo. “A horta da escola ajuda a despertar a criatividade dos alunos no desenvolvimento de tecnologias inovadoras. O cuidado com o meio ambiente e a responsabilidade social servem de exemplo para que a cultura de sustentabilidade esteja entre as prioridades das novas gerações.”
Com informações de AssCom/CPS