Agricultura digital é a maior vacina para a saúde do agro brasileiro

Agricultura digital é a maior vacina para a saúde do agro brasileiro

Pandemia do novo coronavírus põe o campo em alerta para manter a produção através do uso da automação e da inteligência artificial nas fazendas

“Estamos vendendo soluções digitais mais do que nunca para as fazendas”, afirma o executivo Rodrigo Iafelice dos Santos, CEO da Solinftec. A empresa é uma das grandes startups do agro brasileiro que oferece monitoramento em tempo real de máquinas e equipamentos das fazendas.

Não é por acaso o sucesso da empresa. Segundo Santos, a tecnologia é uma ferramenta importante para manter a saúde do agro brasileiro e a produção agrícola no País. A agricultura digital é uma grande arma para enfrentar esse momento de crise com a pandemia do novo coronavírus, especialmente com um horizonte de custos mais elevados por conta da alta do dólar.

“Todas vezes que o País e o mundo passaram por algum tipo de crise, o agro se manteve firme para alimentar as pessoas”, diz Santos. “A agricultura digital ajuda o produtor a reduzir os custos, ser mais eficiente e sustentável.”

O executivo explica que os custos de produção podem cair até 45% através do acompanhamento de ferramentas da agricultura digital, com a instalação de sensores para medir os movimentos de caminhões, tratores e colheitadeiras.

Rodrigo Iafelice dos Santos, CEO da Solinftec

“Todas vezes que o País e o mundo passaram por algum tipo de crise, o agro se manteve firme para alimentar as pessoas”

Rodrigo Iafelice dos Santos, CEO da Solinftec

Inteligência digital em épocas de crise

Criada em 2007, no interior de São Paulo, por um grupo de engenheiros de automação liderado por Britaldo Hernandez, a Solinftec monitora hoje cerca de 36 mil máquinas no País, distribuídas em 7,5 milhões de hectares. Além do Brasil, a empresa também está presente em mais seis países da América Latina, além dos Estados Unidos e Canadá, totalizando 9,0 milhões de hectares monitorados. “Estaremos em franca expansão nos próximos dois anos”, afirma Santos.

O avanço da empresa está nas mãos de Alice, a interface de inteligência artificial da Solinftec. “Ela é uma prima da Siri, da Apple, e da Alexa, da Amazon”, diz Santos. “No campo, é a Alice que dá todas as indicações aos produtores.”

O sistema indica, por exemplo, a melhor hora para operações de aplicação de pesticidas e fertilizantes. “Futuramente ela dirá mais do que isso, indicando o melhor caminho aos produtores, garantindo uma probabilidade de mais de 80% de chances para atingir uma produtividade acima da média de sua região.”

Sistema de monitoramento digital em máquinas agrícolas informam, em tempo real, a velocidade e desempenho do equimamento durante as operações agrícolas

Instalação remota

Para esse período de pandemia de Covid-19, a empresa até desenvolveu um protocolo para instalação dos sensores nas máquinas sem a presença de funcionários ou dos gestores das fazendas. “O trator é higienizado antes e depois dessa tarefa, garantindo a segurança também no campo”, explica Santos. “Toda a parte de instrução é feita remotamente.” O futuro continua sendo digital no campo e está ajudando o agro brasileiro a superar essa crise.

O AgroSaber continuará atualizando seus leitores sobre os impactos do novo coronavírus no agro brasileiro. E aí gostou da matéria? Você pode: curtir, comentar e compartilhar. (os links de suas redes sociais estão logo aí abaixo)