Agro investe em 6 programas para fortalecer a região amazônica
O Fundo JBS pela Amazônia desembolsa R$ 50 milhões para desenvolver projetos socioambientais e econômicos
O Fundo JBS pela Amazônia anunciou os primeiros projetos para receber investimentos para a promoção de ações de conservação e preservação da floresta, melhoria da qualidade de vida das comunidades locais e desenvolvimento científico e tecnológico da região amazônica. Serão seis iniciativas que, em conjunto, receberão R$ 50 milhões do fundo, constituído pela JBS em setembro de 2020 com o aporte de R$ 250 milhões em cinco anos.
A iniciativa tem o objetivo de impulsionar a promoção de ações de conservação e preservação da floresta e o desenvolvimento sustentável da região. Foram analisadas mais de 50 ideias de projetos, entre propostas recebidas pelo site ou prospectadas pela equipe.
Dez iniciativas foram convidadas a fazer pré-projetos que foram analisados pelo Comitê Técnico, composto por 11 integrantes indicados por institutos de pesquisa e organizações do terceiro setor. “Os projetos que receberão os recursos irão desenvolver a bioeconomia da floresta, ajudando a agregar valor aos produtos naturais, e contribuindo também com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico”, afirma Joanita Maestri Karoleski, presidente do Fundo JBS pela Amazônia.
A região amazônica abriga a maior floresta tropical do planeta, concentrando a maior biodiversidade do mundo. São mais de 5 milhões de quilômetros quadrados de florestas, que abrangem nove Estados brasileiros, num bioma onde vivem mais de 20 milhões de pessoas. Conheça as 6 iniciativas:
1. RestaurAmazônia
Desenvolvido pela ONG Solidaridad, com apoio do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o projeto terá cinco anos para implantar em 1.500 pequenas propriedades sistemas agroflorestais, que integram pecuária, agricultura e floresta. O objetivo é promover boas práticas agrícolas em uma área de 75 mil hectares, para que as propriedades mantenham sua viabilidade econômica, o sustento dos produtores e ainda ajudem a absorver carbono da atmosfera. O projeto segue um modelo testado e aprovado de desenvolvimento sustentável, e irá escalar toda a reestruturação da cadeia, a partir da nova etapa com o apoio do Fundo.
2. Programa Economias Comunitárias Inclusivas, nas Comunidades de Bailique e Beira Amazonas, no Amapá
Será fortalecida a cadeia do açaí na região e em três anos deve promover ampliação da renda de 240 famílias locais, além da consolidação de um modelo de bioeconomia inclusiva, que pode ser usado para outras cadeias. Estão previstas a construção de fábrica própria para produção de polpa; a ampliação do portfólio de produtos de maior valor agregado; a elaboração de plano para liofilização do fruto, o que diminui custos da cadeia logística; além da construção de escolas e qualificação de jovens e mulheres para atuar na atividade. O projeto será implementado em conjunto por diversas entidades como a cooperativa extrativista Amazonbai, o Instituto Interelos, OELA, IEB, Universidade Estadual do Amapá e o Instituto Terroá.
3. Projeto Pesca Justa e Sustentável
Desenvolvido pela Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc), o projeto fortalecerá a cadeia do pirarucu, com a compra de uma embarcação para processamento do pescado e estudo de viabilidade para construção de uma indústria de processamento. Também estão previstas capacitação e consultoria técnica para as comunidades, com o objetivo de abrir novos mercados para as associações pesqueiras da região do Médio Juruá (AM). O projeto terá dois anos e deverá beneficiar 450 famílias, residentes em 55 comunidades ribeirinhas, com aumento de produção e renda.
4. AMAZ (Aceleradora & Investimentos de Impacto)
A primeira aceleradora de negócios da região amazônica tem foco no impacto socioambiental de negócios da floresta. Comandada pelo Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Idesam), a Amaz fomentará a aceleração de 30 startups em cinco anos que serão apoiadas por um fundo com recursos filantrópicos e investimentos privados, além da capacitação e mentoria nos negócios. Esse projeto estimula o fortalecimento desse ambiente empreendedor da cadeia da biodiversidade importante para a manutenção da floresta.
5. Alavancagem de crédito para as cadeias da floresta
O Instituto Conexões Sustentáveis vai testar uma metodologia de trabalho que vai, em dois anos, ajudar a liberar crédito para pequenos agricultores das cadeias de valor da castanha, açaí, pescados, madeira, óleos e resinas. Serão contratados e treinados 25 ativadores locais para ajudar pequenos produtores a terem acesso a crédito facilitado. Quinze cooperativas também receberão consultoria para se habilitar para financiamentos com condições facilitadas.
6. Parceria Técnica com a Embrapa
A iniciativa irá desenvolver pesquisas e tecnologias para aumentar o valor dos produtos da floresta, com inovações para alimentos plant-based, matérias-primas e insumos feitos a partir de nanofibras vegetais. Também estão previstos programas para reduzir emissões no campo, como a implantação de integração lavoura, pecuária e floresta, e para o desenvolvimento de tecnologias renováveis na região amazônica.
Com informações de Ascom/JBS