JBS reforça sua missão de sustentabilidade e, em cinco anos, certificará que nenhum bovino abatido pela empresa venha de áreas de desmatamento

O agro brasileiro está mostrando ao mundo que está disposto a trabalhar pesado a favor da preservação ambiental, do cuidado com as comunidades que vivem nas florestas no País e no combate de toda a ilegalidade que houver no campo.

Em agosto, a Marfrig anunciou seu programa de sustentabilidade o Plano Marfrig Verde Mais. Agora foi a vez da JBS, a maior processadora de carne bovina do mundo e 100% brasileira, anunciar seu mais novo programa de sustentabilidade para a cadeia de carne bovina no País, o “Juntos pela Amazônia”, que contará com investimentos próprios de R$ 500 milhões até 2030. No entanto o valor pode dobrar com a participação de outras empresas.

A companhia estipulou um prazo de cinco anos para monitorar toda sua cadeia de fornecimento de bovinos. O plano é certificar que nenhum animal veio de áreas de desmatamento, de invasão de áreas protegidas como terras indígenas ou unidades de conservação ambiental, que usam trabalho análogo à escravidão, ou que estejam embargadas pelo Ibama.

“Estamos reafirmando publicamente o nosso compromisso com a sustentabilidade da Amazônia”, diz Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS. “Esperamos promover um avanço em escala não apenas em direção ao combate ao desmatamento, mas também à promoção da bioeconomia, agricultura sustentável e desenvolvimento social.”

Monitoramento digital

Para cumprir sua missão ambiental, a empresa vai pôr em funcionamento, até o final deste ano, um sistema digital com tecnologia blockchain (um dos mais seguros do mundo) para identificar cada produtor e saber, exatamente, onde ele está e se a sua área possui alguma inconformidade com o Código Florestal.

A ferramenta não só monitorará os pecuaristas que fornecem o gado para a companhia, mas também os produtores que vendem gado para esse grupo de pecuaristas, fornecedores diretos da JBS. O sistema garantirá que, desde o nascimento até o abate, a cadeia de bovinos da empresa veio de áreas que cumprem as todas as regras.

Metas de sustentabilidade

Durante a apresentação da inciativa, os executivos da empresa afirmaram que a maioria dos produtores ligados à companhia já cumprem as legislações ambiental e trabalhista. Este grupo soma cerca de 50 mil pecuaristas.

O programa prevê a readequação daqueles que, por desconhecimento, ainda não cumprem todas as regras de sustentabilidade. Por isso, a companhia fará campanhas de assistência técnica e jurídica para reintegração desses produtores.

Além desse trabalho, também serão desenvolvidas ações de manejo e conservação de áreas florestais e de atendimento às comunidades que moram em florestas.

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