AgroSaber no Carnaval: conheça as três versões por trás da criação da caipirinha

AgroSaber no Carnaval: conheça as três versões por trás da criação da caipirinha

Drink 100% agro brasileiro é uma grande marca registrada do país e alvo de foliões nessa época

Da união do gelo, açúcar, limão e cachaça surge a caipirinha. O drink ganhou variações com a mistura de mais frutas e opções de outras bebidas como a russa vodka (caipiroska) e o japonês saquê (saquerinha). Mas o bom apreciador (aquele raiz) sempre vai preferir a versão clássica, mesmo – feito com a cachaça e o limão.

A cachaça é brasileira. A bebida já tem o reconhecimento de países como os Estados Unidos e o México. Feita da destilação da garapa da cana-de-açúcar, é justamente ela que dá o tom de brasilidade desse drink.

Mas sabe qual a origem dele?

Há três possíveis versões. Em todas, é claro, o protagonismo é brasileiro. Confira quais são essas versões:

Origem paulista

Para o historiador Luís da Câmara Cascudo, a caipirinha foi criada em meados do século 19 por fazendeiros da na região de Piracicaba (SP). A cidade ainda hoje é popular na produção de cana-de-açúcar. O drink era servido em festas de alto padrão, como alternativa ao uísque e ao vinho importados.

Dessa origem de alta classe, a caipirinha logo passou para o gosto popular devido ao baixo preço de seus ingredientes, popularizando-se por todo o Estado e se tornando a bebida-símbolo de São Paulo. No início do século 20, na década de 1930, já era possível encontrá-la em outros Estados, especialmente no Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Xarope vira caipirinha

A segunda versão da origem do drink mantém a história em São Paulo. Só que desta vez, não era um produto da elite, mas era uma variação de uma receita de xarope, popular no interior do estado no ano de 1918. A receita desse xarope levava limão, alho e mel e, em diversos vezes, um pouco de cachaça. O remédio caseiro era para combater a gripe espanhola.

Num belo dia, alguém decidiu eliminar o alho e o mel e colocar umas colheres de açúcar para diminuir um pouco a acidez do limão. Nascia então a famosa Caipirinha. A versão é inclusive sustentada pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC). Para a entidade, a bebida se popularizou no resto do país através da Semana de Arte Moderna, de 1922, em São Paulo.

Marinheiros com escorbuto

Outra versão, citada em matéria do jornal paranaense Gazeta do Povo, credita a origem do drink a marinheiros que passavam pelo Rio de Janeiro. Eles adicionariam o limão a doses de cachaça para evitar o escorbuto, uma fraqueza da gengiva por falta de vitamina C. No entanto, tal tese não é defendida por acadêmicos ou historiadores.

E no nome, caipirinha?

Há quem afirme que o nome “caipirinha” foi uma homenagem à pintora Tarsila do Amaral, natural do interior de São Paulo. Segundo essa versão, a pintora servia a bebida a pessoas que frequentavam sua casa em Paris, antes da Semana de Arte Moderna de 1922. O filme “O Xangô de Baker Street”, de 2001, de Miguel Faria Jr. e baseado na obra de Jô Soares, trouxe sua versão também. Confira no vídeo abaixo.

Cena do filme “O Xangô de Baker Street”. Filme fez uma sátira sobre a invenção da caipirinha

Já tomou sua caipirinha? Aí vai uma receita para você fazer um drink perfeito! Lembre-se de tomar com moderação, hein (rs)!

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