Agrotóxico na água? Não se preocupe.
Conheça as três razões pelas quais o brasileiro não precisa se preocupar com a presença do glifosato na água da torneira
Uma série de estudos de pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas, no interior de São Paulo, identificaram a presença de glifosato na água. Em um dos estudos, publicado em 2017, as concentrações variavam de 2100 nanogramas por litro a 3300 nanogramas por litro.
Sabe por que esse dado não é preocupante?
Razão 1: porque esses resíduos estão expressos em nanogramas por litro. Um nanograma, para se ter uma ideia, equivale a 0,000000001 gramas. É como se dividisse 1 grama em 1 bilhão de partes.
Razão 2: porque a degradação de metade da quantidade do glifosato na água leva entre 12 horas e sete semanas, segundo a dados apurados pela Divisão de Toxicologia Humana e Saúde Ambiental do Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.
Razão 3: porque o glifosato puro é um químico considerado pouco tóxico, assim como o ácido cítrico, do suco de limão ou laranja, e o etanol, do vinho.
Dentro da lei
Atualmente, pela legislação vigente do Ministério da Saúde, as empresas de tratamento de água e esgoto entregam a água com padrão que atesta a sua qualidade e livre de causar risco à saúde das pessoas.
Os níveis mínimos pela portaria são em concentrações de miligramas por litro (1 grama divido por 1000), para alguns compostos, e microgramas por litro para outros (1 grama divido em 1 milhão de partes).
Água ainda mais limpa requer legislação mais rígida
Segundo Cassiana Montagner, pesquisadora da Unicamp, há tecnologias no mundo capazes de livrar a água de todos esses resíduos de forma eficiente. No entanto, esse sistema custa mais caro. “Seria necessário uma legislação mais rígida para que esse tratamento da água fosse mais apurado”, diz Montagner.
O processo de tratamento seria até mais eficiente se não fosse necessário investir tanto nas constantes retiradas de lixo, como garrafas, embalagens, objetos e sacolas plásticas.
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