Com tecnologia antiviral, algodão brasileiro ganha força para combater a Covid-19

O que acontece quando se mistura o algodão e alguns aditivos químicos seguros? A resposta é simples, elimina-se por completo a principal peste que está dominando o mundo hoje: o novo coronavírus.

A malharia catarinense Dalila Têxtil, mesmo em plena crise provocada pela pandemia e com vendas em queda, resolveu inovar, confrontando o próprio mal. “Para minimizar o problema do vírus, desenvolvemos uma malha que inativa a presença do micro-organismo”, diz o administrador André Klein, CEO da companhia.

A malha não só é eficaz contra o novo coronavírus, mas combate outros tipos de vírus como o da gripe. O produto foi testado pelo Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (SP), que comprovou a inativação de 99,9% dos micro-organismos com um tempo de contato de 1 minuto. Segundo a empresa, o poder antiviral resiste até 50 lavagens do tecido com água em temperatura ambiente sem perder a eficiência.

Tratamento antiviral

Para matar os vírus, a equipe de pesquisa da Dalila adicionou um revestimento biodegradável com partículas de prata e enxofre. Os compostos além de atraírem o micro-organismo acabam rompendo suas proteções naturais e com isso são inativados.

Segundo o fabricante, este tratamento é seguro, não faz mal à pele e conta com estabilizantes naturais. O processo é semelhante ao efeito das moléculas de sabão quando ficam em contato com o vírus.

Mais poder ao algodão brasileiro

Com o produto, a Dalila conseguiu reverter a crise e a malha é utilizada na confecção de máscaras faciais e demais tecidos de confecção de roupas. O produto inclusive serve como um grande promotor do algodão brasileiro.

“Estamos trabalhando fortemente junto com a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), o projeto Sou de Algodão, com o selo Algodão Brasileiro Responsável (ABR)”, diz Kein. “Queremos que esta marca de sustentabilidade efetivamente chegue até o final da cadeia, com o consumidor”, diz o empresário.

A Dalila Têxtil tem hoje duas fábricas no Estado de Santa Catarina. Uma no município de Jaraguá do Sul e outra em Presidente Getúlio. A capacidade das duas unidades é de processar 500 de algodão por mês, o que pode rende até 2 milhões de camisetas mensais.

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