Banco norueguês com 4 mil sementes pode te salvar
Conheça o Banco Mundial de Sementes de Svalbard, o maior estoque de sementes do mundo
Um cofre gigantesco enterrado em uma montanha de gelo, a caminho do Polo Norte, no norte da Noruega, guarda uma relíquia da agricultura que pode servir para gerações futuras: um banco de sementes de alimentos de todo o mundo. O Brasil, que colabora para este backups de espécies, enviou recentemente 3443 sementes, incluindo pimenta, cebola e abóbora.
Elas se somam a mais de 4 mil outras, vindas de todas as partes do mundo. Juntas elas compõem o maior banco de genética de plantas alimentícias do mundo, o Banco Mundial de Sementes de Svalbard.
Construído na maior ilha do arquipélago de Svalbard, o banco está no Círculo Polar Ártico, num território norueguês. Ele foi fundado em 2008 e funciona como uma cópia de segurança para conservação a longo prazo das sementes de bancos de germoplasma de todo o planeta. Essa caixa-forte é subterrânea e foi planejada para resistir a catástrofes climáticas e até a explosões nucleares.
Plantas brasileiras
O Brasil já enviou outras sementes ao banco norueguês. As remessas mais recentes foram no início de janeiro. No total foram 3.037 sementes de arroz, 87 de milho, 119 de cebola, 132 de pimentas e 68 de cucurbitáceas – uma família de vegetais grande que vai engloba a abóbora, a melancia e o pepino.
A iniciativa é decorrente do acordo assinado entre a Embrapa e o Real Ministério de Agricultura e Alimentação da Noruega, em 2008. Em 2014 foram enviados pela Embrapa 514 sementes de feijão e, em 2012, 264 de milho e 541 de arroz.
As sementes enviadas pela Embrapa seguiram acondicionadas em embalagens aluminizadas hermeticamente fechadas, identificadas com código de barras, e organizadas em caixas plásticas. As caixas foram enviadas pelos Correios até Oslo, na Noruega. De Oslo, seguiram até o arquipélago de Svalbard, no Círculo Polar Ártico.
Banco de sementes brasileiro
A própria Embrapa mantém seu próprio banco de sementes, na capital federal brasileira. É o Banco Genético da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. A instituição reúne ativos biológicos vindos de 31 unidades descentralizadas da Embrapa. O banco brasileiro conta com o trabalho de 8,5 mil funcionários e 2,3 mil pesquisadores.