Conheça as mulheres superpoderosas do agro brasileiro

Conheça as mulheres superpoderosas do agro brasileiro

O AgroSaber traz o perfil de três mulheres do agro brasileiro que representam o resgate do poder feminino no campo

A presença feminina sempre foi unânime na história – na criação da agricultura, na caça e até na guerra. No entanto, de alguma forma, o elo foi perdido injustamente. A boa notícia é que aos poucos, elas vão retomando seu lugar de direito: onde quer que elas queiram estar.

No Dia Internacional da Mulher, data comemorada mundialmente no dia 8 de março, o Agrosaber preparou uma série de matérias para homenagear a luta feminina. No agro brasileiro, o poder feminino está em destaque.

Elas estão na política, na representação de classe e nas redes sociais combatendo as fake fews contra o agro. Três mulheres representam bem essa guinada do poder feminino no campo. Conheça quem são elas:

Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias

Conhecida pelo nome composto, Tereza Cristina, é engenheira agrônoma, tem 65 anos e natural de Campo Grande (MS). A política é uma de suas principais forças. No comandando do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sua atuação tem sido aplaudida no Brasil e no mundo e é reconhecida como uma das figuras mais diplomáticas do governo.

O melão brasileiro só desembarcou na China por causa do trabalho de Tereza e sua equipe. Também é dela a conquista do espaço na Arábia Saudita para as carnes brasileiras e do gosto da população do Marrocos pelo pescado nacional . Mais recentemente, graças ao trabalho da ministra, foi a vez dos Estados Unidos reabrirem seu mercado à carne bovina in natura brasileira.

Ministra da Agricultura Teresa Cristina discursa no 14º Encontro de Previsão de Safra

“Vamos acreditar mais, vamos ousar mais, vamos buscar mais mercados”, discursou a ministra no 14º Encontro de Previsão de Safra, promovido em fevereiro pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). “Vamos diversificar mais a nossa pauta. Nós temos de saber vender bem todo esse trabalho que o agricultor brasileiro faz.”

Teresa Vendramini

A empresária e agropecuarista Teresa Vendramini é a primeira mulher a comandar a Sociedade Rural Brasil

A empresária e agropecuarista Teresa Vendramini, 60 anos, é uma mulher de garra e passa a comandar a Sociedade Rural Brasil (SRB), com sede em São Paulo (SP). É a primeira mulher a liderar essa entidade nos cerca de 100 anos desde a fundação. Teresa ficará à frente da entidade em um mandato de três anos, até o início de 2022.

Natural de Adamantina, no interior de São Paulo, ela integra a terceira geração de uma família que há 80 anos acumula vínculo com o agro. Vendramini gerencia propriedades rurais em Flórida Paulista (SP) e em Mato Grosso do Sul. Como produtora de bovinos, ela prioriza técnicas de melhoramento genético, qualidade de pastagem, sanidade, preservação ambiental e bem-estar animal.

A empresária notabilizou-se como uma das principais referências femininas do agronegócio no Brasil e na própria SRB, dirigiu o núcleo de pecuária da entidade nos últimos três anos. “Fui até agricultores, dos mais simples aos mais tecnificados, conhecer na prática suas reinvindicações e os principais desafios”, diz Teresa. “Essa aproximação é hoje meu diferencial para ajudar no desenvolvimento do agro brasileiro”.

Geni Schenkel

Geni Calline Schenkel, idealizadora do Agroligadas

Produtora rural, Geni Schenkel, 36 anos, se formou em fisioterapia mas deixou de lado a profissão para levantar a bandeira do agro brasileiro. Natural do município de Dom Aquino (MT), desde 2018, Schenkel comanda um grupo de mulheres que lutam contra toda e qualquer onda de notícia falsa sobre o campo.

O grupo chama-se Agroligadas e atualmente reúne cerca de 400 mulheres dos Estados de Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e São Paulo. A iniciativa nasceu para dar respostas mais embasadas sobre o agro quando começava a ser discutida no Congresso a PL 6299/02.

“Precisávamos entender mais para mostrar o que era o agro brasileiro de fato”, explica Schenkel. A ideia deu muito certo. Além de uma plataforma on-line, as Agroligadas promovem debates, palestras, workshops e até estão nas ondas digitais do rádio desde o final de janeiro deste ano (todas as terças-feiras, das 12h00 às 13h00, na rádio comunitária Metrópole FM Cuiabá).

“O poder feminino no agro é essencial, pois temos mais sensibilidade para tratar os temas, além de conseguimos mais facilmente um poder de mobilização e de nos conectarmos com mais pessoas.” O plano é internacionalizar esse grupo. O AgroSaber está na torcida para que isso acontece logo, logo!

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