O alimento, que possui 11,5 vezes mais nutrientes que variedade comum, foi desenvolvido pela Embrapa

A batata-doce cresceu em popularidade. É um dos ingredientes em alta no cardápio da alimentação fitness e por isso vem ganhando cada vez mais o campo. A produção cresceu 55,2% na última década, segundo os dados mais recentes do IBGE.

De 2009 a 2018, a produção saltou de 477,5 mil toneladas em 42,3 mil hectares de área para 741,2 mil toneladas em 53,0 mil hectares. Do total da produção de 2018, estima-se uma colheita de 30 mil toneladas da batata-doce super nutritiva (biofortificada) da Embrapa, numa área de mil hectares. Isso corresponde a 4% de toda produção.

“A batata-doce foi um dos alimentos biofortificados que mais se espalhou no País”, afirma o agrônomo Luiz Viana de Carvalho, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, com sede no Rio de Janeiro (RJ), e coordenador do Projeto BioFort Brasil. Hoje é cultivada tanto na região Sul como nas regiões Norte e Nordeste.

Ele explica que a variedade nordestina é mais apreciada pelas crianças. “Ela tem mais água e tem agradado o paladar das crianças.”

Criado há cerca de 15 anos, o Projeto BioFort Brasil vem melhorando os índices nutricionais de alimentos através de cruzamento convencional entre plantas. Graças ao investimento em tecnologia e trabalho dos pesquisadores, a batata-doce teve seu valor nutricional aumentado em 11,5 vezes.

Numa variedade comum, a cada 1 grama contém em média 10 microgramas de pró-vitamina A. Na variedade melhorada, a cada 1 grama de batata-doce, há 115 microgramas desse nutriente. A batata foi um caso de sucesso tão grande foi uma das quatro soluções premiadas internacionalmente por envolver a agricultura familiar e nutrição.

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