Guerra comercial China-EUA afeta o Brasil, diz governo
Fonte Agência Brasil
O presidente interino do Brasil, Hamilton Mourão, disse nesta segunda-feira (9) em evento com executivos chineses em São Paulo que o aumento das barreiras tarifárias e o risco de recessão resultante do conflito comercial entre China e Estados Unidos afetam o Brasil.
“O mundo observa com apreensão o aumento das barreiras tarifárias e o risco de recessão global. Sabemos que os ganhos de curto prazo para o Brasil – como o aumento da demanda por soja – podem ser comprometidos pela redução da atividade econômica global ou pelo desequilíbrio dos mercados de longo prazo. A instabilidade política não contribui para o progresso econômico.”
O Brasil, disse Mourão, trabalhou para expandir e diversificar seus laços comerciais com a China. “Buscamos construir relações de confiança e criar um ambiente favorável para a expansão das relações econômicas com a China. Essa vontade é ainda mais relevante no contexto da intensificação do confronto econômico e comercial entre a China e os Estados Unidos”, afirmou.
Colaboração estratégica
O chefe de estado interino disse que conversou com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que disse que 25 frigoríficos que trabalham com carne de porco, carne bovina e aves foram autorizados a exportar para a China.
Em uma reunião anual do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Mourão elogiou a parceria comercial entre os dois países, que aumentou nos últimos anos. Ele observou que a China é o maior parceiro comercial do Brasil há dez anos. “As expectativas apontam para maior e melhor desempenho”, afirmou ele.
Ele também disse que o governo Bolsonaro “está realizando as reformas necessárias para o Brasil entrar em um novo ciclo de crescimento econômico”. “E temos a China como parceira dessa maneira.”
Durante o evento, foi apresentado um estudo intitulado “Investimento chinês no Brasil em 2018”, que mostra que os investimentos da China no Brasil somaram cerca de US$ 60.000 milhões em 2018.
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