Mulheres de impacto no agro: congresso debate inovação e boas práticas
Mostrar novidades do setor, destacar cases de sucesso, reproduzir conhecimento e promover networking entre mulheres de todo o país são algumas das principais missões do 4° Congresso Nacional Mulheres do Agronegócio (CNMA) e do Youth Agribusiness Movement International (YAMI), que acontece entre hoje e amanhã em São Paulo.
“Estamos muito otimistas com essa edição, pois contamos com a presença de grandes nomes do setor no Brasil e representantes internacionais, que participam de painéis com temas relevantes e atuais”, explicou Renata Camargo, show manager do evento, que reúne 1900 mulheres.
Com uma programação bastante diversificada dividida em arenas de conhecimento, o congresso vai além do agronegócio e lança um olhar mais profundo sobre os desafios das cadeias mais importantes do país, como algodão, café, carnes, grãos, leite, hortifruticultura, tecnologias, insumos, entre outros temas.
“A nossa pesquisa é muito forte no setor de defensivos biológicos e químicos dentro da cultura do algodão, além da adoção de boas práticas”, afirmou o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, que participou à tarde do painel Arena 1 – Rede Algodão, ao lado de Marcel Yoshimi Imaizumi, Diretor Executivo de Operações e Planejamento Estratégico da Vicunha.
Além dos painéis e palestras, o CNMA entregará amanhã o Prêmio Mulheres do Agro, que homenageia empreendedoras rurais que se destacaram por sua gestão inovadora e boas práticas agropecuárias, com respeito aos pilares da sustentabilidade. Durante o congresso também ocorreu uma rodada de negócios entre empreendedoras de cafés especiais e fruticultura e compradores internacionais.
Cases de sucesso
Na parte da manhã, os congressistas participaram de um painel com diversos produtores rurais que contaram os seus desafios e histórias de sucesso. Uma delas foi Elizabeth Petter, cooperada da Castrolanda Cooperativa Agroindustrial.
A cooperativa é formada por 877 cooperados e 3.153 colaboradores. Com R$ 2,91 bilhões de faturamento possui Unidades de Negócios divididas em Operações (agrícola, carnes, leite, batata, feijão e administração) e Industrial (carnes, leite, batata e cerveja).
“Nós somos a cooperativa. Não consigo ver como um produtor pode ter mais valor fora de uma cooperativa. Muitos dizem que ela engessa, mas isso não é verdade. Temos todo o apoio necessário em termos de conhecimento, formação. Por que fazer sozinha se juntos somos mais fortes? Estou muito satisfeita. Já participei do conselho de administração e fui a primeira mulher”, disse ela.
A diretora da Agropecuária Rex, Maria Antonieta Guazzelli, reforçou o foco da empresa bem estar do animal para produzir de leite de qualidade. “A temperatura é controlada, as vacas dormem em cama de areia, tudo é pensado”, explicou. “A saúde é uma preocupação constante, por isso temos indicadores para garantir a saúde animal.” Maria Antonietta, também destacou a preocupação com o tratamento dos dejetos. “É feita a separação e destinação da matéria sólida para a compostagem do café e, assim, reduzimos a compra de fertilizantes”, concluiu a empreendedora.