Confira algumas histórias por trás da tradição de enfeitar pinheiros nessa época de fim de ano

Já ouviu falar no deus Saturno? Se você for aficionado pela cultura romana antiga, é bem provável que sim. Mas se não for, o AgroSaber te explica: Saturno era o deus da Agricultura. E em celebração a ele, os antigos romanos em época de inverno enfeitavam suas árvores e templos, com ramos e galhos. O festival, conhecido como Saturnália, era comemorado do dia 17 a 25 de dezembro para trazer fartura às plantações e colheitas. Acredita-se que o ritual seja uma das origens da tradição da árvore de Natal e com o agro, como tema central.

Se voltarmos ainda mais no tempo, vamos descobrir indícios de que outros povos europeus também decoravam árvores nessa época do ano. Os druidas, considerados os sacerdotes da sociedade celta, que viveu há 3 mil anos nos territórios onde hoje estão Reino Unido e norte da Espanha, de Portugal e da França, adornavam os carvalhos com maçãs douradas. Isso porque o carvalho era considerado o Rei das Árvores. No inverno, quando suas folhas caíam, as pessoas tinham o costume de enfeitá-lo para atrair de volta o espírito da natureza, que teria fugido, segundo a crença da época.

Lutero e a iluminação natalina

Com a tradição sendo difundida no Cristianismo, outra história curiosa relacionava o monge protestante alemão Martinho Lutero, que viveu no século 16. A ele é atribuído o início da tradição de decoração de pinheiros com luzes dentro de casa, como estamos acostumados atualmente. Dizem que, em uma noite de inverno, enquanto ele caminhava, viu estrelas brilhando entre as árvores e relacionou com a presença de Jesus. Em casa, resolveu reproduzir a cena e usou velas em um pinheiro.

Da corte britânica para o mundo

Outro fato curioso é que a tradição do pinheiro de Natal foi amplamente difundida a partir de 1846, quando o príncipe Francisco Alberto Augusto Carlos Emanuel, marido da rainha Vitória, montou uma árvore de natal no palácio real britânico, difundindo assim o costume pelo resto do planeta.

Cuidados do pinheiro natural

Depois de tanta história, se já tem ou comprou um pinheiro natural para enfeitar neste Natal, confira algumas dicas valiosas:

• Espécies: a mais tradicional já a venda no País é a árvore chamada tuia. Os tipos mais vendidos são a tuia europa, tuia pavão, tuia limão e tuia maçã. Outras espécies também utilizadas para pinheiro são os kaizucas e os ciprestes.
• Raiz: veja se é uma planta de ‘raiz’ mesmo, pois muitas lojas acabam vendendo a árvores no vaso, mas, por baixo da terra só há o tronco mesmo.
• Rega: é recomendado ser feita três vezes por semana, mas com pouca água, apenas para deixar a terra do vaso úmida.
• Tempo de vida: Sob o ambiente interno e obedecendo as recomendações, a planta fica bem em até 20 dias. Se tiver espaço, a planta pode ser replantada no quintal ou num vaso maior, ficando fora de casa. A recomendação é transportá-la para um local que tenha sombra, assim ela vai se acostumando com o orvalho da noite (umidade).

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