O que está por trás dos ataques do Le Monde à Tereza Cristina
Saiba por que os franceses temem tanto o agro brasileiro e a ministra da Agricultura
A safra brasileira de grãos está prestes a se tornar a maior da história. Uma produção no campo estimada em 250,9 milhões de toneladas de grãos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Só de soja, alimento essencial para alimentação de rebanhos, o País vai alcançar a marca de 120,33 milhões de toneladas, a maior do mundo.
Coincidentemente, num ano tão espetacular para o agro, o Brasil ainda é alvo de notícias falsas e de ataques à sua imagem. Na sexta-feira (29), o jornal francês Le Monde, estampou em uma de suas manchetes: “Tereza Cristina, a senhora do desmatamento de Jair Bolsonaro”.
Não é de hoje que a mídia francesa tenta minar a imagem do agro nacional. Inúmeros artigos já foram publicados fazendo a mesma referência deturpada e enviesada do setor, ora usando informações inverídicas sobre desmatamento de florestas, ora sobre o uso de pesticidas.
O país europeu é um dos que mais precisa convencer o mundo de que o Brasil não é produtivo. E cai do cavalo constantemente. Saibam os franceses, que a ministra Tereza Cristina não é a senhora do desmatamento! É, sim, a senhora do agro exportador e mais produtivo do mundo.
Além de representante de primeira linha do setor, a ministra tem mostrado grande habilidade diplomática. Em sua gestão, o país já contabiliza a abertura de mais de 60 novos mercados internacionais aos produtos acrícolas dos campos brasileiros.
Alimentação nas alturas
Por trás das notícias falsas, os franceses tentam impedir a todo custo o comércio entre os países fora da Europa. O episódio mais emblemático foi em 2017 quando fazendeiros franceses pararam sua capital, Paris, com inúmeros protestos e manifestações. Na época, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciava a abertura do país a produtos agropecuários mais baratos.
O barateamento da cesta alimentar do europeu é uma saída para, inclusive, frear o crescimento da inflação na região. De acordo com os dados da Trading Economics, o custo da cesta básica de alimentos saltou cerca de 2% de junho de 2018 a junho de 2019. Entre 1997 e 2019 a inflação dos alimentos na Europa foi em média de 3,01%.
A França foi justamente um dos países que mais atrapalhou as negociações do acordo entre União Europeia e Mercosul, aprovado no final de junho do ano passado, depois de cerca 20 anos de negociações.
O agro brasileiro preserva
Com a abertura do mercado europeu para produtos agropecuários brasileiros, que são altamente competitivos, mais investimentos devem ser aplicados na própria indústria nacional, já que dados do setor mostram que o agronegócio consome R$ 300 milhões em bens industrializados no Brasil para cada R$ 1 bilhão exportado, segundo dados da Confederação Nacional da Indútria (CNI).
O AgroSaber já explicou que o agro brasileiro é o que mais preserva florestas e matas nativas. Dos 851,5 milhões de hectares do território do País, 564,5 milhões são de áreas florestais, segundo a Embrapa Territorial. Isso representa 66,3% do Brasil. Já a França, possui 16,4 milhões de hectares de florestas, 29,8% do território do País.
O agro brasileiro soma praticamente quatro Franças de florestas preservadas. São 218 milhões de hectares estão dentro de propriedades rurais no País.
Aplicação responsável e sustentável
É o produtor nacional que também menos consome pesticidas por hectare cultivado ou por produto colhido. O Brasil aparece em 44º posição em um ranking da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre uso de defensivos agrícolas. Segundo os dados da entidade, o consumo relativo brasileiro foi de 4,31 quilos de defensivos por hectare cultivado em 2016.
Entre os países europeus que mais utilizam defensivos que o Brasil são: Holanda (9,38 kg/ha), Bélgica (6,89 kg/ha), Itália (6,66 kg/ha), Montenegro (6,43 kg/ha), Irlanda (5,78 kg/ha), Portugal (5,63 kg/ha), Suíça (5,07 kg/ha) e Eslovênia (4,86 kg/ha).
Sob o critério de consumo de defensivos em função da produção agrícola, o Brasil aparece em 58º lugar, com uso de 0,28 quilos de defensivo por tonelada de produtos agrícolas.
O agro brasileiro segue em frente e mostra que é fonte segura para suprir os brasileiros e demais populações do mundo, incluindo os franceses.
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