Pote cheio: Brasil tem produção de mel histórica
Foram 42,35 mil toneladas do produto no ano passado, 1,6% a mais que 2017
Ninguém duvida que o mel de abelhas tem mil e uma utilidades. Tem gente que adora comer em colheradas, misturado em frutas e cereais no café da manhã e como um importante ingrediente culinário. Também são amplamente usados em produtos de beleza, tratamentos estéticos e na medicina natural. Para os amantes dessa preciosidade, uma boa notícia: a produção brasileira de mel no Brasil nunca foi tão farta quanto a do ano passado.
Segundo o IBGE, o número recorde foi de 42,35 mil toneladas extraídos de apiários de todo o País. Em comparação com o volume de 2017, o crescimento foi de 1,6%. Entre os maiores Estados produtores estão o Rio Grande do Sul, em primeiro lugar, com 6,4 mil toneladas, o que corresponde a 15,2% de todo o mel produzido no País; seguido por Paraná, Piauí, São Paulo e Minas Gerais (confira no infográfico abaixo).
Entre os municípios que mais produziram mel estão Ortigueira (PR), Botucatu (SP), Itaninga (SP), Arapoti (PR) e Campo Alegre de Lourdes (BA) (confira os números da produção desses municípios no infográfico abaixo).
Assim como a qualidade, o preço também varia de acordo com a região de extração. Alguns méis nacionais são bem valiosos e requisitados pelo mercado internacional. No ano passado, as exportações do alimento foram de 28,5 mil toneladas, rendendo um total de US$ 95,4 milhões, segundo dados do Ministério da Agricultura. Pela média, seria cerca de US$ 3,34 por quilo de mel. Mas alguns Estados ganharam mais. Alagoas despontou com o quilo mais caro de mel exportado. O quilo do produto custou em média US$ 15,07. O mel carioca veio logo atrás e custou, em média, US$ 10,98 o quilo exportado.
Briga internacional
Apesar da alta qualidade do mel brasileiro, uma classe de produtores gringos conseguiu uma forma de sobrevalorizar ainda mais sua produção. É o caso do mel manuka que custa a partir de US$ 100 cada 500 gramas e é disputado por celebridades como Scarlett Johansson. Produtores da Austrália e da Nova Zelândia entraram em “guerra” pela a exclusividade de produção desse tipo de mel. Os neozelandeses garantem que o manuka só é obtido com pólem de flores de uma espécie de arbusto nativa do seu país. A versão australiana desse mel, por outro lado, vem também da mesma espécie de arbusto combinado com outras dezenas de outras espécies do mesmo gênero da planta. Os australianos rebatem os neozelandeses pelo fato que considerarem indistinguíveis as diferenças entre as plantas. Que briga boa!