Pragas agrícolas no Brasil

Pragas agrícolas no Brasil

O clima tropical do nosso país é favorável a proliferação de pequenos animais, bactérias, fungos e ervas que podem comprometer severamente as lavouras.

Algumas espécies de lagartas que atacam plantações de milho, por exemplo, podem inutilizar entre 8 e 21 toneladas do produto por ano.

Para entender melhor essa situação, vamos listar abaixo algumas das pragas agrícolas mais conhecidas no território brasileiro, quais as culturas que elas atacam e o quanto de estrago podem fazer.

Lagarta-da-espiga do milho

Essa espécie de lagarta é uma das principais causadoras de perdas nas safras de milho no Brasil e podem destruir até vinte e uma toneladas.

Ela não vive na parte externa das plantas, mas sim no interior das espigas. Assim, quando se descobre a infestação, pode ser tarde demais. Isso também faz com que pesticidas tradicionais não sejam tão eficazes como em outros casos.

Para combatê-la, é necessário usar agentes biológicos, como parasitóides ou predadores típicos.

Corós

Há grande incidência nas plantações de milho, trigo e sorgo.

São larvas de besouro, ainda em começo de vida, e vivem por dentro do solo, alimentando-se das raízes.

É necessário haver uma preparação prévia do local antes do início do plantio e também um uso de inseticidas que impeçam a sua proliferação.

Uma vez que os corós tomam conta do local, há uma boa possibilidade de inutilização de uma grande área de plantação.

Pulgão

Além de transmitir vírus e doenças, esse inseto suga a seiva das plantas, retirando os nutrientes.

Grandes infestações podem ser fatais para lavouras de milho, sorgo e cana-de-açúcar.

É necessário tratar uma lavoura com a presença de pulgão com inseticidas sistêmicos, que afetam apenas a esse tipo de bicho sem que os predadores naturais sejam prejudicados.

Caruru-palmeri

A presença de caruru-palmeri é uma terrível notícia para qualquer plantação. Um único exemplar dela é capaz de produzir até um milhão de sementes e sua infestação e crescimento são extremamente rápidos.

Para piorar, elas adquirem rápida resistência à maior parte dos herbicidas disponíveis no mercado, tornando uma grande dor de cabeça lidar com esse problema.

Estima-se que essa planta daninha seja capaz de prejudicar 90% de uma lavoura de soja, algodão ou milho.

Ferrugem Asiática da Soja

Essa é uma doença causada por fungos que atinge as lavouras de soja no Brasil e traz enormes estragos: há relatos de 2 bilhões de reais de prejuízo em uma única safra.

O fungo que causa o problema se espalha com o vento e por isso é muito difícil combater esse problema sem o uso de defensivos agrícolas.

Só que, assim como no caso da caruru-palmieri, há muitos relatos de resistência da doença aos produtos que são liberados atualmente no nosso país.

Mosca branca

Agindo principalmente nos períodos de seca, esse inseto ataca um grande número de culturas, especialmente aquelas de frutas.

Ela também age sugando a seiva das plantas, fazendo com que as perdas cheguem a até 90% das safras. Minas Gerais, Bahia e São Paulo são os estados mais afetados.

É necessário o uso de defensivos agrícolas e rotação de culturas para impedir a infestação por essa praga agrícola.

Bicudo do algodoeiro

O bicudo é uma espécie de besouro que aterroriza as lavouras de algodão não só no Brasil, mas em toda a América.

Uma infestação tem o poder de destruir até 70% de uma safra. Ele faz com que as flores caiam e fiquem com um aspecto de balão, totalmente inutilizado.

O controle dessa espécie deve ser feito em três fases, tanto com defensivos agrícolas de qualidade como com agentes naturais que tenham ação predatória.

Larva-minadora

São muitas as culturas atacadas pela larva-minadora, praga agrícola que constrói galerias dentro das folhas e acaba com a capacidade das plantas de realizarem fotossíntese, levando-as assim à morte.

Os tomateiros e os frutos cítricos estão entre as espécies mais afetadas. O único real jeito de combater uma infestação é com inseticidas de qualidade associados com uma espécie de minivespa, que é um predador natural da larva.

As safras contaminadas podem cair até 95% em produtividade.

Cigarrinha verde

A cigarrinha verde também tem o modus operandi de sugar a seiva das plantas e inserir toxinas, causando sérios prejuízos.

Também são muito versáteis, atacando culturas que vão do algodão ao feijão, passando pela soja e a batata.

Elas tem o poder de prejudicar uma lavoura por muito tempo, transmitindo uma doença que causa diminuição no porte das plantas e na produção de frutos e folhas.