Presidente da Anvisa rebate acusações de que o órgão é pró-agrotóxico

Presidente da Anvisa rebate acusações de que o órgão é pró-agrotóxico

O programa Ponto a Ponto, da BandNews TV, recebeu nessa quarta-feira William Dib, que é médico cardiologista, especialista em Saúde Pública e Administração Hospitalar e atualmente preside a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA.

O especialista abordou diversos temas, mas quando questionado pela colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, sobre os agrotóxicos que foram proibidos fora do país e permitidos no Brasil, Dib explicou detalhadamente como a agência trabalha.

“Por que em determinado país é proibido e aqui pode? Porque a classificação de risco é muito diferente entre Europa, Estados Unidos e Japão. A ONU homogenizou esse sistema, que se chama GHS, e o Brasil aderiu agora essa classificação. Não para flexibilizar, mas para homogenizar, para dar o entendimento dessa questão dos agrotóxicos”, disse.

Dib também falou sobre a liberação “maciça” de agrotóxicos que tem ocorrido ao longo de 2019.

“Isso é por causa de uma mudança de regra. Esses genéricos ou equivalentes foram liberados em estudos anteriores para reduzir o custo final desse produto na agricultura brasileira. Então, produto novo este ano foi só um e até o final do ano mais dois serão liberados. Sendo assim, o volume de produto novo no mercado continua igual”, .

Confira mais informações abaixo, a partir dos 23 minutos de entrevista

O Ponto a Ponto recebe William Dib, presidente da ANVISA.

Posted by BandNews TV on Wednesday, September 11, 2019

O presidente da Anvisa também falou sobre a fake news de que “só libera produto que mata” e contou que não é bem assim.

“A Europa há muitos anos tem uma agricultura muito diferente em relação ao gigantismo da agricultura da Austrália, Estados Unidos e Brasil e ela interpreta como ofensivos determinados agrotóxicos que não são utilizados porque eles não têm esse tipo de plantio”, disse.

Sobre o Novo Marco Regulatório dos Agrotóxicos, aprovado no dia 23 de julho, Dib contou que com essa nova metodologia vai ficar mais fácil fazer a revisão dos agrotóxicos que são mais tóxicos.

“Estamos estudando três agrotóxicos e devemos publicar nos próximos dias mais sete produtos que serão sendo reavaliados porque não existe a liberação em determinados países e estão aqui”, finalizou.

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