Projeto ABC Cerrado recupera área de 110 mil campos de futebol

Projeto ABC Cerrado recupera área de 110 mil campos de futebol

O Projeto ABC Cerrado recuperou 93 mil hectares de pastagens degradadas ensinando 7,8 mil produtores rurais a adotarem tecnologias de baixa emissão de carbono. Resultado de uma ação conjunta com o Ministério da Agricultura e Embrapa, executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) , a iniciativa realizou ações com produtores de oito estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Tocantins e Distrito Federal.

A área equivale a 110 mil campos de futebol e o projeto contou com recursos do Fundo de Investimento Florestal do Banco Mundial. Os dados fazem parte de um estudo que avaliou os impactos da adoção das tecnologias pelos produtores rurais e foi divulgado nesta quarta-feira (6).

Para se chegar a esse resultado foram utilizadas várias tecnologias: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Recuperação de Pastagens Degradadas, Sistema Plantio Direto e Florestas Plantadas. Segundo a assessoria de imprensa do Sistema CNA (Confederação Nacional da Agricultura), os principais setores atendidos foram bovinoculturas de corte, leite e agricultura.

O estudo mostra que, nas áreas recuperadas, a produtividade na cadeia da bovinocultura de corte subiu de 0,7 unidade/animal por hectare para 2,5 e o ganho de peso dos animais com a renovação da pastagem também aumentou, passando de 400 para 900 gramas/dia. Com isso, o tempo de abate reduziu de 36 meses para 19 meses.

O projeto começou em 2015 e ao todo mais de 18 mil pessoas foram beneficiadas entre produtores e familiares, estudantes e técnicos. O ABC Cerrado também ajudou a manter a área de vegetação nativa dentro das propriedades rurais, como as áreas de preservação permanente e reserva legal. Segundo a CNA, “em cinco anos houve um incremento de 192,5 mil hectares de vegetação nativa, ou seja, ao adotar tecnologias e boas práticas agrícolas, o produtor rural aumentou a produtividade em um mesmo espaço, evitando a abertura de novas áreas no Cerrado.”

Foram mais de 214 mil horas de assistência técnica seguindo cinco passos: diagnóstico produtivo individualizado, planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional complementar e avaliação sistemática dos resultados.