Recorde de exportação e abertura de novos mercados são os destaques do agro em 2021
Confira o balanço do ano feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil sobre o desempenho da atividade rural brasileira
Os principais destaques do ano de 2021 para o agro foram o recorde nas exportações e a abertura de novos mercados para comércio de produtos agrícolas, segundo o balanço feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), numa live transmitida no dia 8 deste mês de dezembro.
As exportações do agronegócio bateram recorde no acumulado de 2021 de janeiro a novembro, atingindo o valor de US$ 110,7 bilhões, superando o recorde anterior que era referente a todo o ano de 2018 (US$ 101,2 bilhões). Na comparação com o mesmo período de 2020, o crescimento foi de 18,4%.
“A cada 10 dólares em vendas ao exterior, quatro eram produtos do agro, além de exportarmos para mais de 190 países. Tivemos um aumento em quase todas as cadeias, sendo a soja em grãos o produto mais exportado e a China sendo o principal destino”, destacou Lígia Dutra, diretora de Relações Internacionais da CNA.
Os principais produtos do agronegócio brasileiro exportados foram soja em grãos, carne bovina in natura, açúcar de cana em bruto, farelo de soja e carne de frango in natura.
Os principais destinos foram China, União Europeia, Estados Unidos, Tailândia e Japão. Juntos, esses cinco mercados responderam por 62% dos consumidores que adquiriram os itens brasileiros. O país onde foi registrada a maior expansão das vendas externas em 2021 foi o Irã (71,3%), com receita de US$ 734 milhões.
Novos mercados
De acordo com Lígia, houve a abertura de mercado para 69 produtos do agronegócio em 30 países diferentes. Neste ano, foram embarcadas maçãs para Colômbia, Honduras e Nicarágua; gergelim para o México; gengibre e sementes para o Egito; bovinos vivos para o Vietnã; e carne bovina e material genético bovino para o Iêmen, além de incremento nas vendas para o Chile por meio dos acordos comerciais.
“Acreditamos que novos mercados são importantes para todo o agro, além de manter próximos nossos parceiros como a China. É preciso destacar que as exportações não reduzem a oferta de alimentos no País, mas estimulam a produção e diminuem a volatilidade do mercado interno. Por isso, a CNA continuará sempre trabalhando na pauta de diversificação e buscando novos mercados”, disse Lígia, durante a apresentação do balanço de 2021.
A safra
A safra de grãos da temporada 2020/2021 ficou em 252,8 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 1,6% em relação a colheita no ciclo 2019/2020. A produção de milho foi uma das mais impactadas, sendo prevista inicialmente em cerca de 105 milhões de toneladas, mas acabou encerrando em 87 milhões de toneladas.
“Tivemos problemas climáticos em quase todas as regiões do País. Isso fez com que tivéssemos uma frustração na safra. Houve alta no preço dos alimentos em todo o mundo, mas não deixamos de produzir e colocar na mesa do brasileiro o essencial que é o alimento,” disse João Martins, presidente da CNA.
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