Ricardo Salles quer diálogo mais próximo com investidores

Ricardo Salles quer diálogo mais próximo com investidores

Ministro do Meio Ambiente planeja estruturar soluções mais completas para a Amazônia junto com iniciativa privada

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, publicada nesta segunda-feira (13), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirma que está buscando uma aproximação maior e com mais diálogo com as empresas brasileiras e os investidores externos. O foco é estruturar juntamente com o setor privado soluções mais completas na Amazônia.

“A floresta preservada tem de valer mais que a floresta devastada”, disse Salles à reportagem. Segundo ele é necessária uma postura firme contra todas as atividades ilegais, seja qual for a sua natureza como o garimpo ilegal, a extração criminosa de madeira e a grilagem de terra.

A fala vai de encontro com o posicionamento do ministro durante o debate virtual, organizado pelo AgroSaber, no início de maio. “Não é agro que é ilegal na Amazônia. É a criminalidade”, afirmou o ministro.

Estratégia ambiental

Segundo Salles, a solução baseia-se em cinco pilares. Além do combate à criminalidade, também estão no foco das soluções: as discussões no Congresso para a aprovação da regularização fundiária; o pagamento de serviços ambientais com o projeto Floresta Mais, instituído o início de julho; o zoneamento econômico e biológico; e a atração de mais investimentos privados para colocar de pé a agenda da bioeconomia.

À reportagem do Estadão, Salles admitiu falhas na comunicação e afirmou estar muito disposto a estreitar os laços com a iniciativa privada e os países europeus, especialmente a Noruega e a Alemanha, que são os maiores doadores do Fundo Amazônia.

Fundo Amazônia

O Fundo Amazônia já recebeu R$ 3,4 bilhões em doações. Criado em 1º de agosto de 2008, o fundo começou a operar em 2009. De lá para cá, 103 projetos foram apoiados com R$ 1,9 bilhões.

A captação de recursos para o Fundo Amazônia é condicionada à redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas do desmatamento, ou seja, é preciso comprovar a redução do desmatamento na Amazônia para viabilizar a captação de novos recursos.

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