Coronavírus não afeta ritmo das exportações nos portos brasileiros

Coronavírus não afeta ritmo das exportações nos portos brasileiros

Os portos de Santos e Paranaguá estão operando normalmente e a previsão é que isso não mude nos próximos meses

A pandemia do novo coronavírus não afetou o funcionamento dos portos de Santos, no litoral paulista, e o de Paranaguá, no Paraná. Eles são os maiores centros logísticos do Brasil, responsáveis pela exportação do agro brasileiro. No ano passado eles escoaram 52,2% de toda mercadoria dos campos do País para o resto do mundo. A previsão é que essa operação continue firme nos próximos meses.

“Nossa movimentação está transcorrendo normalmente”, afirma Luiz Teixeira da Silva Junior, diretor de Operações do Porto de Paranaguá, no Paraná. “Estamos movimentando bastante soja, inclusive.” De janeiro a fevereiro deste ano, foram cerca de 2,0 milhões de toneladas de soja brasileira enviadas para outros países. Esse volume corresponde a 8,7% do grão exportado nacionalmente. No acumulado deste ano, 3,5 milhões de toneladas de produtos do agro, 16,1% de todas as exportações de produtos brasileiros até agora.

Movimentação normal

No início da tarde de terça-feira (17), no Porto de Paranaguá, havia 11 navios atracados e mais oito embarcações tinham programação para a movimentação de cargas. Segundo Silva Junior, até o dia 4 de abril, 74 embarcações estão programadas para chegar ao porto. “Nós temos um horizonte de bem robusto que nos deixa ter essa impressão de que, operacionalmente, o Porto de Paranaguá vai continuar funcionando normalmente”.

A mesma impressão de normalidade é também observada no Porto de Santos. Segundo dados do Ministério da Agricultura, de janeiro a fevereiro, foram 9,3 milhões de toneladas de produtos agrícolas exportados. O volume corresponde a 42,9% do total exportado pelo agro nacional, desde o início do ano.

Commodities em alta

Alguns produtos tiveram crescimento significativo nesses primeiros dois meses do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre esses itens, os de maior destaque foram o açúcar e as carnes (bovina, suína e de frango).

No Porto de Santos, foram embarcadas 2,4 milhões de toneladas de açúcar o que gerou uma receita de US$ 766,1 milhões. O crescimento de volume e receita foi de 23,9%, para ambos. No Porto de Paranaguá, foram 347,2 mil toneladas de açúcar e uma receita de US$ 108,2 milhões. O crescimento de volume e receita foi de 51,2% e 64,5%, respectivamente.

No caso das carnes, Santos embarcou 228,7 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 863,8 milhões. A alta sobre os dois primeiros meses de 2019 foi respectivamente de 10,8% e 24,2%. Já, Paranaguá embarcou 340,9 mil toneladas, 23,6% a mais; a receita foi de US$ 693,3 milhões, 32,0% a mais.

O AgroSaber continua no encalço dos impactos do novo coronavírus no agro brasileiro. E aí gostou da matéria? Você pode: curtir, comentar e compartilhar. (os links de suas redes sociais estão logo aí abaixo)