Tilápia ou Saint Peters: sabe a diferença?
Confira algumas curiosidades sobre a produção de peixes cultivados no Brasil
Desde a década de 1970, quando a egípcia tilápia foi introduzida no País, o peixe ganhou cada vez mais espaço, notoriedade e, acredite, até uma marca própria: Saint Peters. Muitos supermercados expõem este peixe como se fosse uma espécie específica, mas, na realidade, trata-se apenas de tilápia.
A marca é patenteada e pertence à Geneseas, uma das grandes produtoras de tilápias no País. Saint Peters refere-se a uma linha premium do peixe cultivado pela empresa. Os animais recebem mais ração e são abatidas um pouco mais tarde para, no final, renderem mais carne.
Segundo o mais recente levantamento da produção de peixes cultivados no País, o reino da água doce é da tilápia. A produção total de peixes cultivados foi de 802,93 mil toneladas em 2020, 5,93% a mais em comparação com 2019, quando a produção foi de 758 mil toneladas, de acordo com o relatório da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR). Do total, 486,2 mil toneladas eram de tilápias, o que correspondeu a 60,5% da produção nacional.
Peixes nativos como o pintado, o tambaqui, o pirarucu, o pacu, e o dourado tiveram uma produção de 278,7 mil toneladas em 2020, o que representou uma queda de 3,2% em relação a produção de 287,9 mil toneladas de 2019.
Influência egípcia
A influência egípcia na piscicultura não é uma exclusividade brasileira, mas um fenômeno global. Isso porque ela se desenvolve mais rápido, entre sete a oito meses. Peixes nativos podem levar até um pouco mais de um ano para ficarem prontos para o abate.
Outro ponto a favor da tilápia é ter uma carne livre de espinhos, além de ser um peixe muito prático no processamento na indústria, pois, em poucos cortes, os filés já ficam prontos. Mundialmente, foram produzidas seis mil toneladas de tilápia no ano passado. O Brasil foi o 4º maior produtor, logo atrás da China, Indonésia e Egito (confira do infográfico abaixo).
No Brasil, os cinco maiores Estados produtores de tilápia são:
1º Paraná, com 166 mil toneladas;
2º São Paulo, com 70,5 mil toneladas;
3º Minas Gerais, com 42,1 mil toneladas;
4º Santa Catarina, com 40,1 mil toneladas;
5º Mato Grosso do Sul, com 29,1 mil toneladas.
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