Ugly Food: Movimento mundial estimula a compra de alimentos feios
Você sabia que cerca de 10% de toda a produção de frutas e legumes nasce fora dos padrões estéticos exigidos pelo varejo? Sim, e é importante lembrar que a aparência de um alimento não tem relação com o uso ou não de agrotóxicos (defensivos agrícolas).
Os alimentos podem ser muito grandes ou muito pequenos, tem imperfeição no formato ou na cor. Por esses motivos eles são descartados, mas uma iniciativa pretende acabar com esse desperdício.
Estamos falando do Ugly Food, que em tradução livre significa, “Comida Feia”. O movimento começou fora do país, e teve forte apoio de artistas e meios de comunicação, todos engajados para que escolhas não baseadas na aparência se tornem um comportamento em larga escala.
E essa onda já chegou ao Brasil. Na cidade de São Paulo, por exemplo, já é possível pedir uma caixa contendo três quilos de frutas, verduras e legumes feios, por R$ 26 e receber tudo no conforto da sua casa. Bom para você e bom para o planeta!
A equipe da empresa compra esses alimentos de pequenos produtores locais, evitando o descarte, incentivando o comércio justo e aquecendo a economia.
Já na França, uma rede de supermercados lançou uma campanha chamada Inglorious Fruits & Vegetables (Frutas e Vegetais Inglórios). Além de trazer novos pontos de vista sobre cenouras aparentemente deformadas ou maçãs estranhas, os produtos imperfeitos custam 30% menos. Bom também para o bolso!
Então, na sua próxima ida ao sacolão, procure observar mais as qualidades das verduras, legumes e frutas e pense que ele pode ser tão bom quanto aquele pepino bonitão. Topa?
Projeto de Lei 6299/02
Com o objetivo de trazer mais segurança no consumo de alimentos, o Projeto de Lei 6299/02, que já tramita no legislativo brasileiro desde 2002, trata da alteração de artigos da Lei 7.802, de 11 de julho de 1989, que regulamenta, até então, basicamente tudo o que está relacionado aos chamados agrotóxicos.
Assim, com a sua aprovação, o congresso brasileiro pode vir a dar um importante passo no que diz respeito a possibilitar o fornecimento de produtos mais modernos e menos prejudiciais à saúde. Produtos que cheguem ao mercado mais rapidamente e sem desconsiderar os seus impactos no meio ambiente e na sociedade, através das análises técnicas ainda emitidas pelo Ministério da Agricultura, Anvisa e pelo Ibama.
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