A projeção é sobre a safra de grãos no ciclo 2029/2030; produção de carnes pode atingir 35 milhões de toneladas

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou na terça-feira (28) o mais recente estudo da projeção futura da produção agrícola brasileira. De uma produção atual de 250,9 milhões de toneladas de grãos como soja, milho, arroz, feijão e de fibra natural de algodão, o Brasil deve atingir, dentro de dez anos, 318,3 milhões de toneladas.

Num prognóstico mais otimista, na temporada 2029/2030, a produção poderia até alcançar um teto de 367,6 milhões de toneladas. O crescimento é de 26,9%, considerando o número mais conservador. O salto médio de produtividade nos campos brasileiros pode sair de 3,83 toneladas colhidas por hectare para 4,17 toneladas por hectare.

O estudo do Mapa foi publicado em comemoração aos 160 anos da pasta ministerial brasileira, criada na época imperial. Em 28 de julho de 1860, D. Pedro II assinou o decreto Nº 1.067, criando a Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, e que hoje é o Mapa. O dia 28 também é celebrado do Dia do Agricultor no Brasil.

Agro brasileiro no mundo

A projeção confirma a tendência de maior representatividade da agropecuária nacional pelos quatro cantos do mundo. E que pode ser ainda mais moderna e sustentável.

Atualmente o agro é responsável por 21% do Produto Interno Bruto (PIB) e 20% dos empregos no País. O Brasil exporta para mais de 200 países e isso significa que, pelo menos, 1,5 bilhão de pessoas no mundo têm algum alimento no seu prato que vem da nossa agropecuária.

Carnes

A produção brasileira de carnes (bovina, suína e de frango) em 2019/2020 é estimada em 28,2 milhões de toneladas. Na próxima década, o agro pode saltar para 34,9 milhões de toneladas em apenas uma safra. O crescimento previsto é de 23,8%.

O maior aumento de produção deve ocorrer em carne de frango, 28,1%, carne suína, 26,8% e carne bovina, 16,2%. Confira no quadro abaixo as perspectivas de crescimento da produção do agro.

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