São 250,5 milhões de toneladas de grãos e algodão. O resultado é 3,5% maior perante a temporada 2018/2019

Numa área de 65,6 milhões de hectares (um território 2,3% maior que a França), devem ser colhidos 250,5 milhões de toneladas de cereais, leguminosas, oleaginosas e algodão. Esta é a maior safra da história do Brasil, segundo as estimativas do 9º levamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgado na terça-feira (9).

Apesar de restar ainda mais três levantamentos, é praticamente certo o resultado, porque grande parte das lavouras já foram colhidas, como a de soja. Foram 120,4 milhões de toneladas do grão, 48,1% da safra. Além dela, entram na conta: amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, gergelim, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale. Uma salva de palmas a produtores e produtoras 👩‍🌾👨‍🌾 de todo o Brasil por mais este recorde!

Os destaques do campo

🌱 1º lugar, a SOJA: a safra 2019/2020 foi a mais estupenda para o grão, porque a partir dela o Brasil passa a ser o maior produtor de soja do mundo, passando na frente dos americanos que devem colher 96,8 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês). A soja é importantíssima para a economia pois movimenta uma cadeia produtiva que ultrapassa R$ 100 bilhões e que sustenta indústrias de alimentos, rações e criação de animais. A área cultivada foi de 36,8 milhões de hectares.

🌽 2º lugar, o MILHO: o cereal é a mais potente fonte de energia da alimentação humana e a base da nutricional para aves, suínos e bovinos. O agro brasileiro colhe 101,0 milhões de toneladas, 40,3% da produção de grãos nacional. É a maior safra de milho da história brasileira. Mundialmente, é a terceira maior atrás dos Estados Unidos e da China. A área dedicada a plantação foi de 18,5 milhões de hectares.

🌾 3º lugar, o ARROZ: o cereal que forma a base da alimentação do brasileiro, junto com o feijão, não poderia deixar que configurar nessa lista. O País colhe 11,1 milhões de toneladas. O volume representa 4,4% desta safra numa área de cultivo de 1,7 milhão de hectares. O resultado supera os 10,4 milhões colhidos no ciclo 2018/2019, porém não é a marca histórica da produção brasileira. A safra 2010/2011 é a maior até agora. Na época foram colhidas 13,6 milhões de toneladas.

🌾 4º lugar, o TRIGO: a menina dos olhos das massas em todo o mundo deve fechar uma colheita de 5,7 milhões de toneladas. Essa lavoura segue em ritmo de plantio porque é uma das líderes dos cultivos de inverno junto com aveia, canola, centeio, cevada e triticale. Se confirmada a produção, o trigo pode significar 2,3% da safra brasileira. Em comparação com o ciclo 2018/2019, a colheita pode ser 10,4% maior. Na série história da Conab, o ciclo de 2015/2016 foi o qual mais se colheu trigo no País: 6,7 milhões de toneladas.

🌱 5º lugar, o FEIJÃO: o grande parceiro do arroz no prato do brasileiro deve somar 3,1 milhões de toneladas, nas contas da Conab. O volume corresponde por 1,2% desta safra. A leguminosa é uma das lavouras que podem se estender no calendário agrícola brasileiro pois conta com até três safras de colheita numa temporada só. Agora produtores estão no meio da colheita da segunda safra e no início de plantio da terceira. O resultado total pode ser 1,9% maior que o ciclo anterior. Coincidentemente, o feijão acompanhou o arroz na sua maior colheita. Na temporada 2010/2011 foi a que mais colhemos, além do arroz, o feijão também. Naquela época, foram 3,7 milhões de toneladas.

🌱 6º lugar, o ALGODÃO: a lavoura é feita para vestir o Brasil e o mundo sustentavelmente, mas também alimenta. Porque, depois de retirada a pluma dos “frutos” do algodão, são obtidos os caroços (sementes) do qual é extraído o óleo que é utilizado tanto na alimentação humana como animal. O País colhe 2,9 milhões de toneladas de pluma, que responde por 1,2% da safra brasileira. Considerando a pluma e a semente, são 4,3 milhões de toneladas. É o maior resultado da história, também. A área cultivada é de 1,7 milhão de hectares.

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