Conheça o agro que vive plenamente debaixo da floresta
Algumas lavouras estão bem integradas com a preservação ambiental e fazem parte da economia rural. Saiba quais são
O agro brasileiro está todos os cantos. Está diariamente na mesa dos brasileiros e brasileiras, na hora do café da manhã, almoço, lanche e jantar. Está na vitrine das lojas de roupas. Está nos postos de combustíveis. Está ajudando a sequestrar CO2 da atmosfera. Está preservando uma área de 218 milhões de hectares de matas e, está, também no meio da floresta!
Isso porque há plantas que fazem parte da vegetação nativa florestal e podem ser exploradas economicamente sem a necessidade de desmatamento, pois rendem melhor debaixo da sombra de outras árvores. Entre as lavouras mais significativas estão o açaí, o cacau, o guaraná e a seringueira, da qual se extrai o látex. Confira algumas curiosidades sobre esses cultivos.
Açaí. O fruto é nativo da floresta Amazônia brasileira e tem se tornado um importante motor da economia para a agricultura familiar especialmente no Estado do Pará, o maior produtor de açaí. Segundo os dados mais recentes do IBGE, de 2018, a produção nacional foi de 1,51 milhão de toneladas. O Pará respondeu por 95,3% do total. Em seguida, vem o Amazonas, com 4,1%.
Cacau. O fruto também é nativo da floresta amazônica e foi uma planta bastante apreciada pelos Astecas, civilização que viveu na região do México. A safra da amêndoa é estimada em 278,24 mil toneladas, segundo o IBGE. O Pará é o Estado que mais produz, dono de 51,1%. A Bahia produz 42,4% e o Espírito Santo, com 4,1%. A lavoura foi quase dizimada por conta de uma doença causada por um fungo. Com tecnologia, o País conseguiu reestabelecer a produção com plantas mais resistentes.
Guaraná. O fruto amazônico é um dos principais ingredientes para refrescos, bebidas e tônicos. A produção da semente de guaraná chegou a 2,64 mil toneladas, em 2018, o dado mais recente do IBGE. Apesar de ser natural da Amazônia, é na Mata Atlântica baiana que a semente ganhou mais força. A Bahia produz 60% da semente de guaraná. Em segundo lugar vem o Amazonas, com 28%, e Mato Grosso, com 6%.
Látex. A extração de borracha (látex coagulado) da seringueira foi um dos grandes motores para os Estados do Amazonas e Acre. A produção ainda resiste em plena floresta, mas foi em São Paulo, que a atividade conseguiu ganhar impulso, garantindo melhor logística entre o campo e a indústria. O Estado paulista hoje responde por 68,2% da produção brasileira de 333,1 mil toneladas. É seguido pela Bahia, dona de 7,1% da produção; Minas Gerais, com 5,3% e Mato Grosso, com 4,9%.
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