Pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma nova variedade e que já passa ser cultivada na safra 2020/2021

A pesquisa da Embrapa continua inovando e surpreendendo. A maior instituição pública de pesquisa do agro brasileiro lançou recentemente uma nova tecnologia que garantirá mais feijão na mesa dos brasileiros. Com mais resistência contra doenças na lavoura, que permite mais produtividade, ele tem mais um importante diferencial: é ainda mais nutritivo.

Trata-se de uma variedade que foi obtida convencionalmente a partir do cruzamento entre plantas. O novo feijão da Embrapa possui teor de ferro entre 4,5% e 19% maiores em comparação com outras variedades. Também sai ganhando no teor de zinco, com 7% a mais.

Nessa safra 2020/2021, que começou oficialmente em julho deste ano e vai até o mês de junho do ano que vem, os produtores já têm à disposição as sementes da planta, desenvolvida por cientistas da Embrapa Arroz e Feijão, localizada em Santo Antônio de Goiás (GO).

Resistência inédita

O mais novo pé de feijão é mais resistente a duas doenças causadas por ataques de fungos. Desculpem-nos o ‘biologiquês’, mas essas doenças são conhecidas como antracnose e murcha-de-fusário. As doenças são as principais para uma lavoura de feijão, e a resistência às duas, significa um salto inédito para o melhoramento genético do alimento no País.

Em função se sua super sanidade, a planta naturalmente passa a produzir mais. Até então, a variedade mais produtiva tinha um potencial de render até 4 mil quilos por hectare. Essa nova variedade pode render 500 quilos a mais, chegando a 4,5 mil quilos por hectare.

Os avanços tecnológicos permitiram que, por exemplo, a produtividade da cultura saltasse de 810 quilos por hectare, no ano 2000, para 1.353 quilos por hectare, em 2013. Isso significou um incremento de 67%. Em 2018, a produtividade nacional atingiu 1.510 quilos por hectare, 11% acima da média anterior.

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