O agro reforça a corrente do bem contra os efeitos da pandemia

O agro reforça a corrente do bem contra os efeitos da pandemia

Nova onda de doações inclui alimentos à população carente, auxílio financeiro a pequenos produtores e compras de equipamentos de saúde

No momento crítico em que o mundo enfrenta a pandemia da Covid-19, com milhões de mortes, desemprego em alta e economia em crise, o agro brasileiro tem atuado para amenizar os reflexos do crescimento de insegurança alimentar no País. Recentemente, uma nova leva de doações de alimentos e equipamentos de saúde estão beneficiando pessoas no campo e na cidade, mostrando que a corrente do bem não deve parar. Confira algumas dessas ações.

Proteção ao campo e à cidade

A Fundação do Banco do Brasil realiza uma nova rodada de doações através da ação “Proteja e Salve Vidas”. Serão doados cerca de R$ 4 milhões na compra da produção de pequenos agricultores que ainda enfrentam dificuldades na comercialização de suas safras de hortaliças e frutas. Os alimentos posteriormente servirão para a montagem de cestas básicas, para serem entregues às famílias que mais precisam.

“Os agricultores de Mogi das Cruzes e região, no cinturão verde paulista estão novamente nesse projeto. Com o recurso de R$ 300 mil vindo desse projeto, vamos beneficiar 2,5 mil famílias, amenizando esse triste quadro de insegurança alimentar e nutricional”, explica a produtora rural Simone Silotti, do distrito de Quatinga, em Mogi das Cruzes (SP).

Simone é a criadora da ação #FaçaumBemINCRÍVEL que desde 2020 busca doações para manter produtores rurais e oferecer gratuitamente toda a produção de alimentos a famílias carentes pelo Estado de São Paulo. O trabalho dela faz parte das 13 ações que ocorrem em todas as regiões do País, que podem receber até R$ 345 mil. Ao todo devem ser beneficiados 1,3 mil produtores rurais e mais de 22 mil famílias em todo o País.

Mais suporte ao campo

Na mesma pegada da Fundação do Banco do Brasil, a Yara, empresa multinacional norueguesa especialista em tecnologias de nutrição de plantas, doará R$ 9 milhões ao longo desse ano. A companhia espera beneficiar mais de 16,5 mil pequenos agricultores e 28 mil famílias carentes de diversas regiões do País. No ano passado, a empresa promoveu a mesma ação que resultou na distribuição de 194 toneladas de alimentos saudáveis para cerca de 16,3 mil famílias carentes dos Estados da Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A quantia também será investida em equipamentos de saúde e infraestrutura para suporte ao Programa Nacional de Imunização que visa a vacinação de toda a população brasileira, além de projetos educacionais de suporte terapêutico a professores, através do projeto Fique Bem, uma iniciativa da ONG Gaia+.

Unidas pela saúde

Numa ação conjunta, treze empresas vão doar doar cerca de cinco mil concentradores de oxigênio para utilização no tratamento de pacientes com Covid-19. Deste grupo, três têm raiz no agro: as fabricantes de alimentos Marfrig e BRF e a produtora de papel e celulose Suzano. A iniciativa atende a uma chamada pública do Ministério da Economia em apoio ao Ministério da Saúde.

A expectativa é que esses equipamentos atendam, mensalmente, entre 10 mil e 20 mil pacientes. Cada concentrador substitui, em média, 21 cilindros de oxigênio. Juntos, os concentradores doados suprirão o equivalente a uma produção mensal de 1,1 milhão de metros cúbicos de oxigênio, volume que demandaria mais de 108 mil cilindros por mês para ser armazenado.

A quantidade de oxigênio fornecida por meio dos concentradores contribuirá ainda para evitar a sobrecarga na capacidade produtiva da indústria de gases.

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