Confira alguns pontos que parecem ser propositalmente ignorados por Emmanuel Macron, sobre a lavoura brasileira mais sustentável do mundo!

Essa semana, o presidente da França, Emmanuel Macron, acusou a soja brasileira de causar desmatamento na Amazônia. A declaração mostra a absoluta ignorância do líder francês sobre o que acontece nas lavouras do grão em todo o País. E olha que o Brasil pode se orgulhar quando fala no assunto: nessa safra serão cultivados 38,2 milhões de hectares de soja. É, de fato, uma grande área e ocupa um pouco mais da metade do território agricultável, nacionalmente. E seu tamanho se justifica porque a lavoura movimenta o maior mercado das commodities no mundo.

Em resposta aos ataques do presidente francês em suas redes sociais nesta semana, o AgroSaber pontua alguns fatos que explicam o porquê a soja é uma lavoura sustentável e que deve ser valorizada por cada brasileiro. Confira:

Moratória da soja. Trata-se de um acordo, estabelecido entre indústrias e exportadores do grão, em não comprar soja vinda de áreas desmatadas após 24 de julho de 2006 (data na qual entra em vigência esse pacto). Por isso, desde 2008, a soja produzida no bioma Amazônia no Brasil é livre de desmatamento. Esse movimento é apoiado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), além de ter suporte de entidades internacionais, incluindo Organizações Não Governamentais.

Sustentabilidade. Sabia que 98% da expansão da soja, na última década, no Bioma Amazônia, ocorreu em áreas já abertas. No Cerrado, 93% da expansão da lavoura se deu áreas abertas nos últimos 5 anos. Os dados são da Abiove.

Lavoura e floresta. Mesmo com o plantio do grão, todas as propriedades rurais devem preservar matas e florestas. O porcentual de preservação pela lei brasileira é 80% no bioma Amazônico.

Produção bem longe da floresta. Apesar de o Estado de Mato Grosso, o maior produtor da soja brasileira com 26,9% da área, ter áreas no bioma Amazônia, o que se percebe é a maioria das áreas de plantação de soja estão bem longe desse bioma. O segundo maior produtor é o Rio Grande do Sul, com 15,9%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na sequência vem Paraná (14,65%), Goiás (9,7%), Mato Grosso do Sul (8,2%), Minas Gerais (4,8%), Bahia (4,5%) e São Paulo (3%).

Ataque francês

Não é a primeira vez que a França faz ataques ao agro nacional. O AgroSaber já reportou até uma provocação do jornal Le Monde à ministra da Agricultura, Tereza Cristina. O fato é que, cada vez que fica mais próxima a abertura comercial de produtos agrícolas nacionais na União Europeia, há sempre uma campanha para difamar nossos produtos do agro, que em nada prejudicam o meio ambiente, mas são uma grande pedra no sapato dos produtores europeus, pois a carne e a soja brasileira são mais baratas e competitivas.

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