Embrapa lança plano robusto de metas até 2030
A maior estatal de pesquisa do agro brasileiro quer ser mais digital, empreendedora e levar a produção no campo a cada vez mais recordes
No início deste mês de novembro (4), a Embrapa lançou seu novo Plano Diretor para os próximos 10 anos. Para o produtor isso significa mais tecnologia para atingir maiores níveis de produtividade. Para os consumidores, o plano pode tornar a cesta básica de alimentos ainda mais barata e com maior oferta de ingredientes nutritivos e seguros.
Maior instituição pública de pesquisa agropecuária do País, a Embrapa reúne a pesquisa e trabalho de cientistas que possibilitaram ao Brasil sair da condição de importador de alimentos para um dos maiores exportadores do mundo. É mérito da instituição a tropicalização de inúmeras lavouras como a soja, a laranja, o café, a cana-de-açúcar, a cenoura e o trigo, que tinham a tecnologia do cultivo dominada por outros países.
Entre os temas de pesquisa do órgão estão a bioeconomia, a inteligência territorial, a agricultura digital, as mudanças climáticas, a sanidade agropecuária, o desenvolvimento territorial com inclusão produtiva, a sustentabilidade com competitividade, o consumo e a agregação de valor aos produtos do agronegócio.
Confira abaixo algumas das metas elencadas por prazo.
Até 2023
- Aumentar em 40% a participação do setor produtivo nos chamados projetos de inovação aberta, nos quais empresas públicas e privadas financiam conjuntamente pesquisas voltadas para o mercado.
- Aumentar em 10% a arrecadação da Embrapa a partir do licenciamento dos ativos tecnológicos colocados no mercado e comercializados.
Até 2025
- Ampliar em mais 10 milhões de hectares as áreas com plantios de sistemas integrados de produção. Atualmente são 16,7 milhões.
- Ampliar em 100% o número de usuários de aplicativos desenvolvidos pela instituição como o Zarc Plantio Certo, o Bioinsumos, o Doutor Milho, o AppLeite, o Suplementa Certo, o Roda da Produção e entre outros.
- Aumentar em 20% o benefício econômico gerado por práticas agropecuárias e tecnologias sustentáveis capazes de reduzir os custos de produção dos alimentos.
- Aumento significativo do uso de bioinsumos na agricultura.
Até 2030
- Aumentar em 1 milhão de hectares a área de florestas plantadas com sistemas de produção no País.
- Disponibilizar aos produtores rurais cinco sistemas de manejo desenvolvidos pela Embrapa e para o manejo sustentável de florestas naturais.
- Aumentar em 10% os benefícios econômicos de produtores que utilizam o Zoneamento de Risco Climático (Zarc) para o plantio.
- Garantir que a digitalização da Embrapa seja concluída com todos os processos integrados em rede. Com isso, espera-se alcançar uma redução de 10% dos gastos reais da estatal.
E aí, gostou da matéria? O AgroSaber continua em sua missão de trazer boas informações aos seus leitores. Sinta-se livre para curtir, comentar e compartilhar (os links de suas redes sociais estão logo aí abaixo).