Com 7,3 mil anos, o milho é um dos alimentos mais versáteis que existe

Com 7,3 mil anos, o milho é um dos alimentos mais versáteis que existe

Confira algumas curiosidades sobre a história do cereal que pode estar presente desde a refeição matinal até o tanque de combustível

Um alimento trivial que está presente no dia a dia de todos os brasileiros, o milho chegou ao Brasil vindo do território mexicano. Hoje, o cereal está na base para inúmeros pratos, bebidas, petiscos, lanches, cereais matinais, e também serve para a alimentação de rebanhos animais, além do potencial para produção de etanol, assim como a cana-de-açúcar.

Segundo estudos da pesquisadora americana Mary Poll, da Universidade do Estado da Florida, o surgimento do milho foi há cerca de 7,3 mil anos. Os primeiros registros arqueológicos do cultivo do cereal foram encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do México, sendo a base da alimentação das civilizações pré-colombianas, como os Olmecas, Maias, Astecas e Incas. Seu nome, de origem indígena caribenha, significa “sustento da vida”.

No entanto, o milho que conhecemos hoje talvez nem lembre o cereal cultivado lá nos primórdios da lavoura. As espigas eram bem menores e com poucos grãos. Foi a partir da domesticação da planta pelo homem, a seleção de plantas mais produtivas que o grão começou a ganhar mais variedades e bons resultados na hora da colheita.

Um fato curioso: Em geral, cada planta gera apenas uma espiga de milho. O que faz com que a espiga se desenvolva mais.

Versatilidade

Quando se diz que é um dos alimentos mais versáteis, não é brincadeira, não. As variedades da planta geram inúmeros tipos, com grãos mais duros, macios e doces, com formatos de grãos exóticos (como é o caso de uma variedade em que os grãos lembram dentes de alho), e com muitas cores.

O milho mais conhecido é aquele bem amarelo, mas existem também variedades de pipoca com grãos brancos, azuis, vermelhos e até plantas que dão espigas com grãos coloridos.

Fonte de nutrientes

O cereal concentra as vitaminas do complexo B, como a B1, que é essencial para o bom humor, além de minerais, a exemplo de magnésio, potássio, fósforo e cobre, que participam de várias funções no organismo, incluindo o controle da pressão arterial.

Um grande atrativo é a presença de antioxidantes, capazes de deter os radicais livres, moléculas instáveis que agridem as células e favorecem doenças.

Cultivo no Brasil

O plantio no País foi possivelmente trazido pela migração e interiorização de remanescentes das civilizações pré-colombianas, pois o milho já era cultivado pelos índios, antes da chegada dos portugueses.

Foi a partir do melhoramento genético que a planta foi ganhando mais espaço na economia tanto no Brasil como no mundo. Em 1996 foi lançado o primeiro milho transgênico no mundo. A planta tinha como principal característica, a resistência aos herbicidas. Com cerca de 25 anos de história, nenhuma evidência científica foi apontada contra o uso do alimento ao consumo humano. O que reforça a segurança do alimento.

A produção nacional nesta safra 2020 atingiu 96,4 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mato Grosso é o maior Estado produtor de milho do País, com 34,1 milhões de toneladas, o que representa 35,4%. É seguido pelo Paraná, com 14,5 milhões de toneladas (15%); Goiás, com 8,9 milhões de toneladas (9,3%); Mato Grosso do Sul, com 8,2 milhões de toneladas (8,5%); e Minas Gerais, com 7,7 milhões de toneladas (8%).

Mundialmente o Brasil é o terceiro maior produtor de milho, atrás dos Estados Unidos, o 1º lugar, colhendo 360,3 milhões de toneladas e a China, com 260,7 milhões de toneladas, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês). A safra global é de 1,1 bilhão de toneladas de milho.

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