Os bons sinais do setor vêm do desempenho de um centro de distribuição e vendas de flores no interior de São Paulo que completou 2 anos em 2021

O agro brasileiro não se resume a plantações de soja, milho ou criação de gado. As flores como a rosa, o crisântemo, a alstroemeria, o lírio, o lisianthus, a orquídea, o kalanchoe e o anthurium também fazem parte desse universo. O segmento de floricultura sofreu com a crise, provocada pela pandemia, mas, aos poucos está se reerguendo. Os bons sinais deste mercado vêm de um entreposto comercial de flores, em Holambra, no interior de São Paulo, o Ceaflor.

Em 2021, o empreendimento completou dois anos de funcionamento e deve atingir este ano uma movimentação de R$ 950 milhões, o que pode representar 9,7% ou 9,5% do faturamento do segmento de flores no País, estimado entre R$ 9,8 bilhões e R$ 10 bilhões em 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibrafor).

Idealizado e construído por um grupo de pequenos produtores e empresários, o Ceaflor reúne 350 empresas que comercializam flores, plantas e acessórios da floricultura e decoração para todo o Brasil. Atualmente o empreendimento está em expansão e em fevereiro de 2022, quando estiver concluído, o total de lojas vai passar de 676 para 946.

São Paulo, o Estado das flores

Conhecida como um dos maiores polos de produção de flores em todo o Brasil, a cidade de Holambra (SP), a 137 quilômetros de distância da capital paulista, responde por 45% do mercado brasileiro e grande parte do mercado de flores e plantas de São Paulo, segundo o Ibraflor.

A herança da floricultura veio da presença maciça de imigrantes holandeses naquela região do Estado, tornando a “cidade das flores” em um dos roteiros turísticos mais visitados de São Paulo.

Comparação do mercado de flores nacional e paulista

A economia movida a ramalhetes

O Brasil conta, atualmente, com cerca de 8 mil produtores de flores e plantas, segundo dados do Ibraflor. Juntos, eles cultivam mais de 2,5 mil espécies com cerca de 17,5 mil variedades.

O mercado de flores é uma importante engrenagem na economia brasileira, responsável por 209 mil empregos diretos, dos quais 81 mil (38,76%) relativos à produção, 9 mil (4,31%) à distribuição, 112 mil (53,59%) no varejo e 7 mil (3,0%) em outras funções, em maior parte como apoio. O setor também contabiliza cerca de 800 mil empregos indiretos.

Atualmente, o Brasil figura entre os 15 maiores produtores de flores e plantas do mundo. Essa posição é resultado principalmente de investimentos feitos pelos produtores em novas variedades, que ampliam a diversidade de produtos para o consumidor, e pela melhor eficiência da cadeia, o que garante qualidade, durabilidade e preços mais atrativos.

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