O crédito no campo agora é high-tech!

O crédito no campo agora é high-tech!

Conheças as startups do agro brasileiro que estão inovando o crédito rural para que o País produza cada vez mais

Os recordes de safra que o AgroSaber divulga não ocorreram por acaso. É certo que a pesquisa e o desenvolvimento de novas sementes e insumos agrícolas teve grande contribuição. Mas outro insumo também é vital para a evolução do agro brasileiro: o crédito rural. A grande novidade é que ele passa a ser mais barato, menos burocrático e digital, com o trabalho das agrofintechs – as startups de tecnologia de financiamento do agro.

Tradicionalmente, os produtores acessam o crédito em bancos que operam linhas do governo federal. Na safra 2020/2021 (todo o ano-safra no Brasil vai de julho de um ano ao final de junho do outro ano) são oferecidos R$ 236,3 bilhões. Há também outras fontes de recursos entre revendedoras agrícolas e fabricantes de insumos agrícolas e que chegam a cerca de R$ 100 bilhões por ano.

Com a transformação digital, algumas startups estão ajudando a ampliar a oferta de financiamentos para os produtores. O trabalho delas é justamente mostrar aos bancos qual é o risco real em conceder crédito a um produtor e transformar sua produção numa moeda digital como garantia de financiamentos.

Nesse trabalho entra em ação captação e leitura de imagens de satélite, programas que podem prever a safra das fazendas e até apresentar o histórico da produção nos últimos dez anos. Conheça algumas agrofintechs e como elas estão inovando no campo.

Startup: Agronow
Sede e ano de fundação: Campinas (SP), 2015
O que faz: Oferece seu banco de dados de previsão e monitoramento de safras a serviço de instituições financeiras para operações de crédito e seguro rural. A agtech criou uma fórmula matemática computacional própria que é capaz de prever a produção de uma lavoura a partir de imagens via satélite. A informação é uma das grandes responsáveis por reduzir os riscos de financiamentos ao agro.

Startup: Agrotools
Sede e ano de fundação: São Paulo (SP), 2007
O que faz: É desenvolvedora de sistemas digitais e dona uma grande quantidade de dados capaz de gerenciar fazendas territorialmente, além de monitorar seus riscos. Um dos serviços da empresa é o aperfeiçoamento do crédito rural, diminuindo o custo ao produtor. A aposta da Agrotools é criar um fundo próprio de crédito para o agro, dinamizando a oferta aos produtores rurais com intermediação da indústria.

Startup: Duagro
Sede e ano de fundação: São Paulo (SP), 2020
O que faz: Conecta revendedoras de insumos agrícolas com produtores rurais. Pela plataforma digital da startup, as revendedoras indicam as condições de crédito para a compra de insumos para os produtores. O crédito é negociado em troca de parte da produção da soja, milho, algodão e café do agricultor.

Startup: Gestão Integrada de Recebíveis do Agronegócio (Gira)
Sede e ano fundação: Uberlândia (MG), 2015
O que faz: Com a digitalização de informações da área por georreferenciamento, histórico de produção e de documentos da propriedade, a agtech criou um sistema que acompanha a produção agrícola desejada e transforma sua colheita futura num título financeiro do agro. Com ele o produtor pode negociar a compra de com empresas revendedoras de insumos. A empresa faz uso de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa.

Startup: Nagro
Sede e ano de fundação: Uberaba (MG), 2015
O que faz: A plataforma digital da startup negocia a produção futura das fazendas em troca de capital para a compra de insumos nas revendedoras. A ideia é semelhante a das agrofintechs Gira e Duagro.

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