Tomate, a fruta mexicana que se disfarçou muito bem na salada

Tomate, a fruta mexicana que se disfarçou muito bem na salada

Confira a história do alimento cultivado pelos Astecas que ganhou muito destaque no preparo de molhos da culinária contemporânea

Seja fatiado ou em cubos, macerado em molho ou num extrato, o fato é que o tomate se tornou um item tão apreciado na culinária que até se distanciou do grupo das frutas. Sim, o tomate é uma fruta, mas ele não foi o único rebelde. Seus primos berinjela, pimenta e pimentão, também são confundidos com legumes e estão mais ligados a uma salada.

O AgroSaber dá continuidade à série sobre a história dos alimentos, apresentando algumas curiosidades do bom e velho tomate. A primeira delas é que essa fruta de origem mexicana, ou seja, foi domesticada provavelmente pelos Astecas no território onde está o maior país da América Central.

O alimento era conhecido por tomatl, na língua asteca, virou tomate em espanhol, palavra integrada ao português. Com a introdução da planta na Europa, especialmente por variedades de tomates amarelos, o fruto ficou conhecido na Itália por pomi d’oro ou pomodoro (que significa ‘maça de ouro’).

Que alimento é esse?

A introdução do tomate na Europa foi marcada por algumas confusões curiosas. Uma delas é que o alimento ficou inicialmente conhecido como um tipo de berinjela. Outra confusão foi relacionada à aparência do fruto do tomateiro com o da mandrágora, planta que também pertence à família do tomate.

Como as mandrágoras estavam relacionadas a feitiçarias no folclore europeu, muitos achavam que o tomate fosse venenoso. Até essa confusão cair por terra, levou um certo tempo até a fruta ser introduzido à culinária, ficando inicialmente servindo como uma espécie de ornamento para as mesas.

Para todos dos gostos

Rico em licopeno e com vitamina C, o fruto do tomateiro ganhou ao longo dos tempos inúmeros tipos, com formas e sabores distintos. Há variedades específicas para a produção de molhos (ketchups e extratos concentrados) nas indústrias e variedades para o consumo in natura, como o tomate-italiano, cereja ou o sweet grape, que possui frutos pequenos e doces, assemelhando-se a bagas de uvas.

Produção nacional

O cultivo do tomate se estende em 55,5 mil hectares pelo País e deve chegar a 3,9 milhões de toneladas neste ano, segundo o levantamento da produção agrícola nacional feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os cinco maiores Estados produtores são São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Bahia.

São Paulo, com 1,15 milhão de toneladas, 29,3% da safra nacional; Goiás, com 976,37 mil toneladas (24,8%); Minas Gerais, com 538,48 mil toneladas (13,7%); Paraná, com 220,9 mil toneladas (5,6%); e Bahia, com 208,2 mil toneladas (5,3%).

O tomate no mundo

A produção nacional é décima maior no mundo. O maior produtor é a China, com 62,76 milhões de toneladas, segundo dados de 2019 da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês). O país é seguido por Índia, com uma produção de 19,01 milhões de toneladas; Turquia, com 12,84 milhões de toneladas; e os Estados Unidos, com 10,86 milhões de toneladas.

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