Diesel, o combustível que nasceu do agro
Hoje, 10 de agosto, Dia Internacional do Biodiesel, marca 128 anos desde a 1ª vez que um motor a diesel foi acionado no mundo, a partir do óleo de amendoim
Desenvolvido a partir do óleo de amendoim, o diesel nasceu como um combustível com base vegetal. Seu criador foi o engenheiro mecânico franco-alemão Rudolf Diesel (1858-1913), inventor do motor a diesel, que entrou em operação pela 1ª vez, no dia 10 de agosto de 1893. A data entrou para a história como o Dia Internacional do Biodiesel, que completa neste ano 128 anos.
Essencialmente o biodiesel é um combustível resultado de uma transformação química de óleos de matérias-primas renováveis como óleos vegetais (inclusive resíduos de óleo de cozinha usado) e gorduras animais.
A matriz brasileira de matérias-primas para a produção de biodiesel é bem rica, segundo a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio). Em primeiro lugar, vem o óleo de soja. Cerca de 70% da produção é feita a partir do grão. Em seguida vem a gordura bovina, a gordura de porco, o óleo de fritura, o óleo de palma ou dendê, o óleo de algodão, a gordura de frango, o óleo de milho, o óleo de canola e outros materiais biológicos graxos.
Apesar de ter nascido “verde”, é como um derivado do petróleo que o diesel é produzido em abundância atualmente. Uma realidade que, pouco a pouco, vem sendo mudada, com um plano de adição de biodiesel no diesel. Atualmente a proporção é de 12% biodiesel no diesel, chamado de diesel B12. A proposta é que em 2025 a mistura seja de 15%.
No ano passado, a produção de biodiesel foi de 6,4 milhões de metros cúbicos, 13,2% do total soma de diesel e biodiesel produzida, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção de óleo diesel derivada de petróleo foi de 42,2 milhões de metros cúbicos, 86,8%. Para se ter uma ideia, em 2011, a produção de biodiesel brasileira correspondeu apenas a 5,8% do total, com 2,7 milhões de toneladas de metros cúbicos.
O biodiesel brasileiro está entre os melhores do mundo em qualidade, com parâmetros muito mais rigorosos do que os utilizados na Europa atualmente, segundo a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio).
A produção brasileira contribui para o crescimento do PIB, gera empregos na indústria e renda no campo, valoriza a agricultura familiar e reduz as emissões de carbono. Além disso, a utilização do biodiesel é significativamente mais econômica do que outros biocombustíveis que possam substituir o diesel mineral.
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